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Mexia sobre a OPA: “a CTG está a dar os passos necessários e obrigatórios”

O CEO da EDP explicou que o trabalho administrativo com os reguladores é talvez mais complexo e mais longo que algumas das partes pensavam inicialmente, sublinhando, contudo que “temos prova que [o trabalho administrativo para fazer os ‘filings’] está ser feito”.
12 Março 2019, 14h30

A China Three Gorges (CTG) está a dar os passos obrigatórios e necessários para avançar o processo da Oferta Pública de  Aquisição (OPA) sobre a EDP, afirmou António Mexia, presidente executivo da energética portuguesa .

“Quem tem de falar da OPA é o oferente. Nós [o board] emitimos um relatório em que fomos muito claros na nossa opinião sobre o preço e o projeto. Temos que ajudar em tudo aquilo que tem a ver com filings, em que o envolvimento da empresa é importante”, referiu o CEO, em conferência de imprensa no âmbito da apresentação do plano estratégico 2019-2022 em Londres esta terça-feira.

“Os filings pelo oferente estão a ser feitos neste momento, ou seja os que faltam. Depois de um trabalho de pre-filing, estou a dizer coisas que são públicas, na Europa, e depois também de trabalho preliminar nos Estados Unidos”, adiantou. “Acho que estão a fazer os passos necessários, obrigatórios face ao que foram as condições da oferta”.

Mexia explicou que o trabalho administrativo é talvez mais complexo e mais longo que algumas das partes pensavam inicialmente, adiantando que “temos prova que [o trabalho administrativo para fazer os filings] está ser feito”.

Questionado sobre a expetativa sobre o timing dessas notificações aos reguladores na Europa e nos Estados Unidos, o CEO disse que a EDP espera que sejam feitas “em breve, muito em breve e mais cedo do que mais tarde”.

A CTG, que detém 23,27% do capital da EDP, lançou em maio passado um ‘bid’ para comprar a totalidade da empresa, oferecendo uma contrapartida de 3,26 euros por ação.

A estatal chinesa tem dito ao Jornal Económico que está a trabalhar com os reguladores nas várias regiões para obter as autorizações necessárias para registar a OPA em Portugal.

Questionado se a CTG terá sido mal assessorada em relação à complexidade da OPA, Mexia referiu que “o contexto nos últimos tempos mudou”.

Adiantou que “é perfeitamente legitimo” que o processo tenha uma complexidade adicional, porque o enquadramento, mudou, nomeadamente nos EUA mas também na Europa.”Têm havido evoluções claras sobre aquilo que está relacionado com investimento estrangeiro e ativos, portanto é normal que isto se passe e que o número de questões que sejam levantadas seja eventualmente maior do que estava inicialmente previsto”.

https://jornaleconomico.pt/noticias/opa-chinesa-a-edp-corre-risco-de-ficar-na-mesa-de-donald-trump-419674

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