O presidente da EDP Brasil, Miguel Setas, disse esta quinta-feira que a criação de uma joint venture em parceria com a China Three Gorges (CTG) para operar no mercado brasileiro é uma decisão que deverá ser analisada e depende de uma leitura otimista.
“Esta será uma decisão que tem que ser analisada num quadro otimista, num quadro da EDP e das suas relações com a CTG. O que nós podemos dizer é que aqui no Brasil já somos parceiros da CTG. Temos três usinas que construímos em conjunto. As usinas de Santo Antônio do Jari, de Cachoeira Caldeirão e São Manuel”, disse durante uma teleconferência de impressa.
“A CTG é um parceiro natural da EDP, nós temos aqui relações de grandes parceiros com objetivos de negócios. Há alguma especulação a volta disto. Este é um assunto que depende de uma decisão otimista que tem ser, obviamente, lida num quadro de uma reflexão global do grupo EDP”, frisou.
Antes da Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pela CTG sobre o grupo energético português falhar já havia a especulação de que as duas companhias poderiam adotar um plano alternativo e criar uma nova empresa para operar no mercado brasileiro. O negócio, porém, não foi confirmado.
Questionado sobre a sugestão da gestora americana Elliott Management, acionista da EDP, que no início do ano chegou a defender a venda dos ativos no Brasil, Miguel Setas salientou que a empresa deixou claro a importância das operações no país sul-americano.
“A EDP apresentou, em março, um plano estratégico em Londres para os próximos anos reafirmando a centralidade, a importância do Brasil para o grupo EDP no mundo. Haviam recomendações de uma operação sobre os ativos do grupo aqui no Brasil, mas a EDP reafirmou o quanto é estratégico o mercado brasileiro”, frisou.
“Este ano é o ano de maior investimento da EDP no Brasil. Estamos investindo 2,9 mil milhões de reais [ ] e isto é, claro, um sinal de uma aposta central que a EDP mundial faz no mercado brasileiro”, acrescentou.
O presidente da EDP Brasil ainda comentou que a oscilação das projeções do mercado financeiro sobre o crescimento da economia do Brasil em 2019, que tem registado queda nas últimas semanas não surpreendem nem devem impactar os negócios companhia portuguesa no país.
“Nós tivemos um orçamento para 2019 conservador, um orçamento que mostrava um otimismo moderado. Esta já era nossa expectativa para o ano, portanto, as projeções neste momento que estão em queda não fogem dos nossos dados para 2019”, concluiu.
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