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Miguel Stilwell quer EDP a crescer sem fusões, diz em entrevista ao “Expansión”

O presidente executivo fala pela primeira vez, em entrevista, após uma tentativa de alguns acionistas da Naturgy de negociarem uma fusão com a EDP, escreve o “Expansión”. Tal como o Jornal Económico noticiou, a CriteriaCaixa – o maior acionista da energética espanhola Naturgy, com 26,7% – voltou a explorar a possibilidade de uma fusão com a EDP, no atual contexto de queda dos títulos e de insatisfação com a gestão de Miguel Stilwell d’Andrade.
14 Abril 2025, 12h04

“A EDP tem um roteiro próprio de crescimento, sem fusões”, diz o CEO da EDP, Miguel Stilwell de Andrade em entrevista ao jornal espanhol “Expansión”.

O presidente executivo fala pela primeira vez, em entrevista, após uma tentativa de alguns acionistas da Naturgy de negociarem uma fusão com a EDP, escreve o “Expansión”. Tal como o Jornal Económico noticiou, a CriteriaCaixa – o maior acionista da energética espanhola Naturgy, com 26,7% – voltou a explorar a possibilidade de uma fusão com a EDP, no atual contexto de queda dos títulos e de insatisfação com a gestão de Miguel Stilwell d’Andrade.

O Jornal Económico apurou que o grupo Criteria/Naturgy fez contactos com acionistas. Nomeadamente com a China Three Gorges (CTG), que detém 21,8% do capital da EDP e é a sua maior acionista. Tudo para avaliar a abertura para uma operação de aquisição da empresa portuguesa. Os representantes da China Three Gorges (CTG) vieram a Lisboa para a assembleia-geral da EDP na semana passada.

“Não vamos entrar em especulações e muito menos nesta altura, em que a EDP tem o seu próprio caminho”,  segundo o CEO da EDP. “O nosso foco como gestores é sempre a criação de valor para os nossos acionistas e ter o nosso próprio projeto industrial atrativo e em crescimento. Temos o nosso próprio caminho, sem fusões”, diz o CEO da EDP na entrevista ao país vizinho.

Miguel Stilwell D’Andrade, CEO da EDP, diz ao jornal espanhol que a EDP encontra-se numa fase “decisiva” com “desafios significativos” do ponto de vista “energético, tecnológico e geopolítico”.

O CEO da empresa recordou que a ideia de criar um “campeão ibérico” juntando a EDP e uma elétrica espanhola “não é nova”.

Ligado à gigante energética portuguesa durante praticamente toda a sua vida profissional, foi responsável da EDP em Espanha, hoje o CEO da EDP e da EDP Renováveis diz que Espanha, para a EDP é “um mercado chave”.

Stilwell sublinha que a EDP continua a “manter a sede da EDP Renováveis ​​​​em Espanha” e que a empresa portuguesa se mantém como a quarta maior empresa de eletricidade na rede de distribuição em Espanha, em parceria com a Macquarie. “Gostaríamos de investir mais em Espanha”, diz sem hesitações. “Espanha tem sido um mercado essencial para nós desde que entrámos nele, há mais de duas décadas, com a compra da Hidrocantábrico”.

Em entrevista ao “Expansión” refere que embora a EDP tenha vendido alguns dos seus ativos de gás e clientes, “está presente em toda a cadeia de valor do setor elétrico e ainda existem oportunidades”. Mas, como em qualquer geografia, Stilwell apela à “estabilidade regulatória” e, acima de tudo, a “menos pressão fiscal” e “mais clareza regulatória” em aspetos como as novas portagens de rede.

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