A penúltima semana de Novembro tem-se destacado por uma liquidez bastante reduzida, tendo-se notado um maior volume de negociação nas quedas. Este facto poderá sinalizar maior tendência para continuarmos a observar quedas, uma vez que as sessões de subida têm pouco volume, ou seja, poucos compradores.
Esta semana, quer nos EUA quer na Europa, os índices preparam-se para encerrar em terreno negativo, o que a acontecer será a segunda semana consecutiva com este desempenho.
Nos mercados norte-americanos o destaque pela negativa vai mais uma vez para os títulos tecnológicos, sendo que o Nasdaq100 recua, até ao momento, aproximadamente 3,5% para os 6.623 pontos, pressionado essencialmente pelas cotadas da Nvidia (-11,54%), Apple (-7,98%) e Netflix (-6,76%).
A semana nos EUA será mais “curta” devido ao dia de “Ação de Graças”. Esta quinta-feira, dia 22, os mercados estão fechados e na sexta-feira, dia 23, a sessão será apenas parcial, encerrando mais cedo.
Os dados macro-económicos não trouxeram nenhuma surpresa significativa, com os novos pedidos de subsídio de desemprego a aumentarem ligeiramente esta semana (mais nove mil pedidos face à expetativa dos analistas e um aumento de oito mil pedidos face à anterior semana) e ainda com as ordens de bem duradouros relativos ao mês de outubro, que resultaram num valor de -4,4%, ligeiramente abaixo do que os -2,6% estimados pelos analistas.
Na Europa, os principais mercados acionistas estão também a ter um desempenho negativo, pressionados ainda com a instabilidade vinda de Itália e mais recentemente com as novidades em torno do Brexit e que se traduziu em algumas demissões de membros do Governo Britânico.
O presidente da Comissão Europeia e a primeira-ministra britânica reúnem-se com o tema Brexit na agenda, como não poderia deixar de ser. Este será o primeiro encontro entre os dois líderes, após a apresentação do “rascunho” do acordo de saída do Reino Unido da União Europeia.
Um dos índices que mais recua esta semana na Europa é o francês (CAC40 -1,00%) devido principalmente à queda das ações da Renault, após o anúncio de que Carlos Ghosn, atual presidente do grupo, enfrenta acusações de envolvimento em operações financeiras ilegais no Japão e que poderia vir a ser detido.
O índice PSI20 em Lisboa acompanha o sentimento negativo a nível global e recua aproximadamente 1,10%, apenas com três das cotadas em terreno positivo – Pharol, Sonae Capital e a Galp.