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Ministério Público pede que Luís Filipe Vieira saia em liberdade com caução de três milhões de euros

O Ministério Público não pediu prisão preventiva nem prisão domiciliária para Luís Filipe Vieira. Caso o juiz Carlos Alexandre aceite este pedido do MP, o presidente auto-suspenso do Benfica terá de pagar uma caução de três milhões de euros e entregar o passaporte para evitar o perigo de fuga.
10 Julho 2021, 18h29

Luís Filipe Vieira, presidente auto-suspenso do Benfica, deverá sair em liberdade com uma caução de três milhões de euros (que pode ser paga em 20 dias e poderá ser prestada em dinheiro, um imóvel ou uma garantia bancária) e com entrega de passaporte (para evitar o perigo de fuga), de acordo com aquilo que sugeriu o Ministério Público, avança a “CMTV”.

Relativamente a Luís Filipe Vieira, o presidente auto-suspenso do Benfica, não poderá, de acordo com o pedido do MP, contactar com os outros arguidos nem com membros da estrutura ‘encarnada’ ou mesmo aceder a instalações do Benfica.

Revela a televisão do grupo Cofina que o Ministério Público não irá pedir qualquer medida que prive a liberdade dos quatro detidos no âmbito da operação “Cartão Vermelho”: Luís Filipe Vieira, Tiago Vieira, José António dos Santos e Bruno Macedo.

A confirmar-se, esta será a segunda caução mais elevada de sempre da Justiça portuguesa, depois do empresário Joe Berardo ter sido sancionado com o pagamento de uma caução no valor de 5 milhões de euros.

O empresário Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica suspenso de funções, foi sujeito este sábado a interrogatório judicial no Tribunal Central de Instrução Criminal no âmbito do processo ‘Cartão Vermelho’. Interrogatório do juiz Carlos Alexandre durou cerca de quatro horas.

Luís Filipe Vieira, de 72 anos, foi a última das quatro pessoas detidas no âmbito da investigação ‘Cartão Vermelho’ a ser ouvida pelo juiz Carlos Alexandre, antes da aplicação das medidas de coação.

Na sexta-feira, o empresário José António dos Santos foi o primeiro a prestar declarações, durante a manhã, seguindo-se, da parte da tarde, os interrogatórios de Bruno Macedo e de Tiago Vieira, filho de Luís Filipe Vieira.

Segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), os quatro detidos são suspeitos de estarem envolvidos em “negócios e financiamentos em montante total superior a 100 milhões de euros, que poderão ter acarretado elevados prejuízos para o Estado e para algumas das sociedades”.

Em causa estão “factos ocorridos, essencialmente, a partir de 2014 e até ao presente” e suscetíveis de configurar “crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento”.

 

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