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Ministra do Ambiente defende que reforço das redes elétricas têm de ser uma “grande prioridade”

Planos futuros de investimento da REN e da E-Redes vão ter de ter em conta o reforço das redes elétricas para prevenir apagões.
31 Maio 2025, 10h15

Depois do apagão ibérico de 28 de abril, o reforço das redes elétricas deve ser uma das grandes prioridades. A visão é partilhada pela ministra do Ambiente e da Energia que acredita que tanto a REN (muito alta tensão) como a E-Redes (alta e média tensão) devem ter isso em conta nos seus planos de investimento futuros.

“Esta é uma das lições deste incidente e uma atenção muito especial à E-Redes, e a nível generalizado na Europa”, disse Maria da Graça Carvalho na terça-feira.

As redes vão ser uma grande prioridade. Têm que ser uma grande prioridade. Se queremos fazer esta transição, esta eletrificação da economia e da sociedade, as redes têm que ser uma grande prioridade”, acrescentou em declarações aos jornalistas à margem da II Conferência de Energia da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que decorreu no Estoril.

Sobre o apagão ibérico, a responsável disse que o regulador europeu (Entso-e) tem um “primeiro relatório factual ao fim de seis meses, e depois o relatório final com as recomendações necessita de estar pronto pelas regras no verão de 2026. Dissemos que para nós era muito tarde, que era muito importante ter isto mais cedo. Há toda a abertura e boa vontade da parte da Entso-e de acelerar, porque tem esta pressão não só de Portugal e Espanha, mas de todo o mundo, principalmente de toda a Europa, quer  saber o que se passou e como se passou, e o que fazer para evitar que se volte a passar”.

“Recusam-se a fazer uma data firma de promessa, mas vão tentar que o relatório final esteja pronto em seis meses, disseram-nos que iam fazer o maior esforço para que isso acontecesse”, acrescentou.

Adiantou também que Portugal vai passar a ter duas centrais com arranque autónomo, ou mecanismo black-start, o que vai permitir um arranque mais rápido, após um apagão. As duas novas centrais iriam substituir as já existentes, mas perante os riscos, vão ficar as 4 disponíveis para qualquer eventualidade na rede elétrica.

Além do investimento em redes, defendeu também o investimento em armazenamento hídrico, tendo já pedido à REN e à APA para trabalharem num plano de armazenamento hídrico, para ser usado a par da armazenagem com baterias. “Ou é financiamento da União Europeia, financiamento europeu, ou é financiamento via tarifa e aí é calculado o impacto na tarifa”, sublinhou.

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