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Ministro chinês apela a relação “mais saudável e estável” com a UE

“Estamos dispostos a lidar corretamente com as diferenças com a UE, a procurar soluções, a apoiar conjuntamente o comércio livre e a defender conjuntamente o multilateralismo”, acrescentou o chefe da diplomacia chinesa.
17 Dezembro 2024, 07h59

O chefe da diplomacia chinesa pediu hoje uma relação “mais saudável e estável” com a União Europeia, numa altura de fricção, depois de Bruxelas ter imposto taxas adicionais sobre os veículos elétricos importados da China.

“A Europa é muito importante para a diplomacia chinesa. Uma relação mais saudável e estável entre a China e a União Europeia está de acordo com os interesses fundamentais de ambas as partes e é o que o mundo espera”, disse Wang Yi, num discurso proferido durante o simpósio sobre a Situação Internacional e as Relações Externas da China, em Pequim.

O ministro dos Negócios Estrangeiros lembrou a viagem do Presidente chinês, Xi Jinping, à Europa este ano, onde visitou França e Hungria, ou “os intercâmbios estratégicos que teve com líderes de países como Alemanha, Reino Unido, Espanha e Itália”.

“Nas reuniões bilaterais e multilaterais, a UE foi instada a encarar as relações numa perspetiva estratégica e de longo prazo”, afirmou.

Wang disse ainda que a UE deve “reforçar o diálogo e a cooperação com a China”.

“Estamos dispostos a lidar corretamente com as diferenças com a UE, a procurar soluções, a apoiar conjuntamente o comércio livre e a defender conjuntamente o multilateralismo”, acrescentou.

Nos últimos meses, a China apelou para a resolução dos diferendos comerciais com a UE “através do diálogo e de consultas”.

Este ano, a UE impôs taxas adicionais de até 35,3% sobre os veículos elétricos importados da China.

O bloco tomou esta medida por considerar que, apesar da divisão entre os 27 países da UE, recebeu apoio suficiente na votação dos Governos da UE em outubro: cinco países opuseram-se às taxas, incluindo a Alemanha, dez apoiaram e 12 abstiveram-se.

Pequim reagiu com medidas ‘antidumping’ provisórias sobre produtos como o brandy europeu e lançou investigações sobre as importações da UE, como os produtos lácteos e a carne de porco.

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