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Ministro da Educação anuncia manuais digitais em 10 escolas no novo ano letivo

Tiago Brandão Rodrigues revelou esta terça-feira, 21 de julho, na Comissão de Educação, Ciência, Juventude da Assembleia da República, que, em setembro, serão distribuídas máscaras e outros equipamentos de proteção individual às escolas, à semelhança do que foi feito este ano.
  • Tiago Brandão Rodrigues
21 Julho 2020, 20h26

DEZ escolas vão ter manuais escolares digitais já próximo ano letivo 2020/2011, no âmbito de um projeto piloto, revelou esta terça-feira, 21 de julho, o ministro da Educação, na Comissão de Educação, Ciência, Juventude e Desporto. Tiago Brandão Rodrigues não adiantou o nome das escolas envolvidas no projeto, mas o PSD lembrou a importância de que sejam incluídas escolas do interior do país.

O ministro da Educação recordou algumas medidas anteriormente anunciadas, como os 400 milhões de euros para a escola digital e os 125 milhões de euros para a contratação de docentes e funcionários. A escola digital inclui capacitação de professores e apoio à produção de novos recursos didáticos e educativos, entre os quais os manuais escolares digitais, cuja prática vai começar a ser ensaiada.

Tiago Brandão Rodrigues revelou também que em setembro serão distribuídas máscaras e outros equipamentos de proteção individual às escolas, à semelhança do que foi feito, já, este ano, quando reabriram no terceiro período para receber os alunos do 11.º e 12.º anos de escolaridade.

A audição regimental, a última da atual sessão legislativa, demorou mais de três horas e as perguntas foram muitas. Ana Mesquita, do PCP, e Joana Mortágua, do Bloco de Esquerda, em concreto, carregaram na necessidade de contratar mais professores, de forma a garantir o desdobramento de turmas. “Já antes da pandemia falávamos que eram precisos entre três a cinco mil funcionários”, salientou Ana Mesquita, referindo que a promessa de mais 500 assistentes operacionais “não é suficiente”. Este número foi avançado no dia 30 de junho nesta mesma Comissão por Tiago Brandão Rodrigues. Não se dando por esclarecida, Joana Mortágua insistiu, querendo saber se no âmbito da autonomia de que dispõem, as escolas podem desdobrar turmas e contratar para darem resposta a isso e se há recursos para o fazerem.

Tiago Brandão Rodrigues desvalorizou a polémica em torno do distanciamento físico entre alunos e professores, lembrando que as escolas vão funcionar com circuitos de circulação e “bolhas” de alunos. Referiu igualmente que a recuperação das aprendizagens será feita não só nas cinco primeiras semanas. “O reforço do credito horário acontecerá durante todo o ano letivo”, adiantou , acrescentando que as escolas estão a preparar-se para isso. O ministro respondia ao deputado da Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo, que considerou que a Educação é a mais importante das áreas, aquela onde está o problema mais difícil e duradouro no pós pandemia. “A educação é, de facto, a grande tutela”, salientou a deputado.

João Cotrim de Figueiredo apelou a Tiago Brandão Rodrigues: “é preciso coragem e planeamento e até agora  não vimos grande planeamento. Não ceda às ‘Fenprofs’ desta vida… os interesses dos alunos tem que vir em primeiro lugar”.

Já perto do final da audição, a secretária de Estado da Educação, Susana Amadora, revelou que desde 2016 foram feitas 8.320 vinculações, das quais 872 recentemente, tal como O Jornal Económico noticiou.

 

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