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Moeda digital da Venezuela vai poder ser comprada a partir de dia 20

O governo venezuelano publicou esta semana um “livro branco” com regras que regem a sua nova criptomoeda. O preço inicial da Petro foi fixado em 60 dólares americanos. Ramon Lobo, presidente do Banco Central da Venezuela, saudou a iniciativa, dizendo que ela ajudará a “enfrentar o cerco financeiro internacional que ameaça o país”.
2 Fevereiro 2018, 12h02

O governo venezuelano publicou esta semana um “livro branco” com regras que regem a sua nova criptomoeda, o Petro. Em declarações aos meios de comunicação social, na sede do Banco Central da Venezuela, o ministro da Ciência e Tecnologia venezuelano, Hugbel Roa, descreveu o documento como uma espécie de “carta de navegação” para os interessados na recém-lançada moeda digital, segundo a informação das agências internacionais.

Hugbel Roa disse aos jornalistas que o site www.elpetro.gob.ve terá “detalhes técnicos” que definem as características da criptomoeda. Numa tentativa de responder à inflação desenfreada deste país rico em petróleo, o presidente venezuelano, Nicolas Maduro, anunciou na terça-feira que a criptomoeda, apoiada pelas reservas de petróleo do país, estaria disponível para pré-venda a partir de 20 de fevereiro.

O preço inicial da Petro foi fixado em 60 dólares americanos, em referência ao custo por barril do petróleo venezuelano em meados de janeiro, de acordo com a imprensa local. O valor “está sujeito a flutuações do mercado de petróleo”. “Durante os próximos dias, vamos trabalhar arduamente para promover a nova moeda”, disse o ministro, acrescentando que um “manual de procedimentos completo”, que será publicado após 20 de fevereiro, orienta a transação, bem como a aquisição da nova criptomoeda.

Ramon Lobo, presidente do Banco Central da Venezuela, saudou a iniciativa, dizendo que ela ajudará a “enfrentar o cerco financeiro internacional que ameaça o país”. A Venezuela espera que a iniciativa gere uma receita externa muito necessária para que o país combata uma série de sanções dos Estados Unidos da América, destinadas a cortar seu acesso a dólares americanos.

O Departamento do Tesouro norte-americano afirma, no entanto, que a nova moeda poderia violar o regime de sanções contra a Venezuela, alertando aos possíveis investidores que a adquiriram sobre as suas consequências legais.

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