Monique Vallance, com raízes portuguesas – que se identifica como native portuguese speaker – é professora no Departamento de História da UCSB e a sua tese de doutoramento foi exatamente sobre a duquesa andaluza. “D. Luísa de Gusmão: género e poder no século XVII em Portugal”, onde investigou a rainha e os papéis de género na corte, durante aquele período que sucedeu à recuperação da independência e ao filipismo.
Esta é a história de uma mulher que, como diz Vallance, foi “ofuscada pelos homens da sua vida”. Primeiro, por João, que acabou por encabeçar a revolta que restaura a independência, em 1640, depois de 60 anos de domínio castelhano; depois, durante a regência na menoridade de D. Afonso VI; finalmente, pelo papel que desempenhou no afastamento de Afonso, que acabou substituído pelo irmão, D. Pedro, que foi primeiro regente e depois rei. Com D. João, Luísa de Gusmão já exercia o poder sempre que o monarca se ausentava até à fronteira; depois, como regente – Afonso foi aclamado rei com apenas 13 anos –, exerceu-o abertamente, até ser afastada. Durante este período, registou-se a batalha vitoriosa da Linha de Elvas, contra Espanha, e a aliança com Inglaterra, de 1662, terá sido, em muito, da sua responsabilidade. Manobrou, também, para fazer o seu filho Pedro suceder ao irmão Afonso, garantindo, assim, a continuidade da dinastia de Bragança.
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