O primeiro-ministro, Luís Montenegro, confirmou esta terça-feira, 14 de maio, que o novo aeroporto da região de Lisboa vai ser construído em Alcochete, e anunciou que o atual Aeroporto Humberto Delgado, na Portela, será encerrado, a prazo.
Numa declaração feita após uma reunião extraordinária do conselho de ministros, Luís Montenegro explicou que o novo aeroporto da região de Lisboa, a ser construído no Campo de Tiro de Alcochete, chamar-se-á Luís de Camões.
Também foi decidido que o aeroporto da Portela será reforçado, mas será, no futuro, desmantelado. “O Governo defende o aeroporto único”, garantiu Montenegro.
O primeiro-ministro disse, ainda, que a IP – Infraestruturas de Portugal foi mandatada para concluir os estudos para a terceira ponte sobre o rio Tejo, incluindo a travessia ferroviária. Está mandatada, também, para concluir os estudos para a alta velocidade Lisboa-Madrid.
Luís Montenegro salientou que esta decisão, assim como outras, como o início de negociações com diferentes sectores da Administração Pública, foi tomada em 32 dias de trabalho
“É um ritmo que vai continuar”, garantiu.
O Governo estima que o Aeroporto Luís de Camões entre em funcionamento em 2034, mostrando-se menos otimista do que a Comissão Técnica Independente (CTI), que apontava para 2030.
“2030 e 2031 temos de dizer aos portugueses com clareza que não é possível. Para nós, um prazo de 10 anos, 2034, será razoável”, afirmou o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, em conferência de imprensa, após a declaração de Montenegro.
O Governo estima que custe menos que os oito mil milhões estimados pela ANA Aeroportos, mas Pinto Luz garantiu que é compromisso que os custos do novo aeroporto não afetem o Orçamento do Estado.
“Acreditamos que é possível pagar este investimento com os recursos libertados pela concessão, até ao fim da concessão”, salientou.
Segundo o Governo, será feito o lançamento do processo com a concessionária aeroportuária, a ANA/Vinci, para aferir a cronologia para o desenvolvimento do novo aeroporto, “estudar a solução técnica de modelo flexível”, o modelo de acessibilidades, detalhar o investimento total necessário do novo aeroporto de Lisboa, “estudar um modelo de financiamento sem aporte do Orçamento do Estado” e “avaliar o modelo de transferência do tráfego do Aeroporto Humberto Delgado, após a entrada em operação do novo”.
A ANA Aeroportos já anunciou, entretanto, que está disponível para trabalhar de imediato na decisão do Governo de avançar com um aeroporto em Alcochete e de aumentar a capacidade da Portela até à entrada em funcionamento da nova infraestrutura.
“A ANA – Aeroportos de Portugal reitera o seu compromisso com o desenvolvimento do setor aeroportuário nacional em benefício do turismo e da economia e está inteiramente disponível para trabalhar, no imediato, nas soluções hoje apresentadas pelo Governo”, diz a empresa, em comunicado.
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