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Montenegro não acredita que PS queira “descaracterizar” OE na especialidade

“Nem sequer acho que seja edificante lançar sobre o secretário-geral do PS esse anátema de que ele vai ter uma escondida pretensão agora de aproveitar o trabalho na especialidade na Assembleia da República para contrariar o que disse que faria em nome do PS”, salientou o primeiro-ministro.
Lusa
19 Outubro 2024, 11h28

O presidente do PSD disse hoje não acreditar que o PS, depois de anunciar a viabilização do Orçamento do Estado, pretenda agora “adulterá-lo ou descaracterizá-lo” na especialidade, considerando “pouco edificante lançar esse anátema” sobre o líder socialista.

“Eu não acredito que um partido com a história e a responsabilidade do PS anunciasse a viabilização de um Orçamento ao mesmo tempo que quisesse adulterá-lo ou descaracterizá-lo. Não acredito nisso, sinceramente”, afirmou Luís Montenegro à chegada ao 42.º Congresso do PSD, que se realiza este fim de semana em Braga.

Luís Montenegro tinha sido questionado se ficou com receio das declarações do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, de que parte para o processo de discussão na especialidade do Orçamento do Estado com “toda a liberdade”.

Na resposta, o também primeiro-ministro disse que não, considerando que “os políticos, todos eles, sobretudo os que têm responsabilidades de liderança, têm de ser consequentes com aquilo que é a sua relação com o país, com o povo português”.

“Nem sequer acho que seja edificante lançar sobre o secretário-geral do PS esse anátema de que ele vai ter uma escondida pretensão agora de aproveitar o trabalho na especialidade na Assembleia da República para contrariar o que disse que faria em nome do PS”, salientou.

Montenegro disse acreditar “na palavra dos principais responsáveis políticos, aqueles que ainda por cima têm responsabilidades acrescidas”.

Montenegro disse que acha que os políticos devem “respeito uns aos outros” e reiterou que acha que o secretário-geral do PS “tomou a decisão que entendeu mais correta” ao anunciar a viabilização do Orçamento do Estado.

“Tomou-a consciente, com sentido de responsabilidade, como já tive ocasião de assinalar, e naturalmente será consistente com isso”, disse.

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