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Moody’s corta ‘outlook’ do Reino Unido para negativo, devido à “paralisação” do Brexit

Agência de notação financeira norte-americana manteve o ‘rating’ do Reino Unido em Aa2, mas cortou a perspetiva. “A força institucional do governo do Reino Unido enfraqueceu, como ilustrado pela crescente inércia e, às vezes, paralisia que caracterizou a formulação de políticas da Era -Brexit”, justificou.
EPA/VICKIE FLORES
9 Novembro 2019, 11h38

A agência de notação financeira Moody’s manteve esta sexta-feira a notação da dívida soberana britânica inalterada em Aa2, mas cortou a perspetiva de ‘estável’ para ‘negativa’, justificando com a “paralisação” provocado pelo Brexit.

“A força institucional do governo do Reino Unido enfraqueceu, como ilustrado pela crescente inércia e, às vezes, paralisia que caracterizou a formulação de políticas da Era -Brexit”, explica a agência no relatório. “A incerteza relacionada com o Brexit levou a um crescimento mais lento do investimento empresarial, que pesa sobre as taxas de crescimento”, acrescenta.

A decisão da Moody’s, que alinha o ‘outlook’ com a Fitch e a S&P, surge após a aprovação do parlamento britânico para a realização de eleições antecipadas a 12 de dezembro, convocadas por Boris Johnson.

A agência considera ainda que “o declínio da força institucional” derivada do Brexit se irá manter, mesmo após o impasse para a saída do Reino Unido da União Europeia, com as divisões na sociedade e política britânica.

“O peso da dívida do Reino Unido é alto e improvável que caia, dadas as crescentes pressões para aumento de gastos, com pouca clareza sobre como podem ser financiados”, realça.

A Moody’s cortou a notação da dívida soberana britânica de AAA em 2013 e em 2017, para Aa2, o que coloca o Reino Unido atualmente a par da avaliação que a agência norte-americana faz a França e abaixo da Alemanha (AAA).

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