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Moody’s eleva rating da dívida sénior não garantida do Novobanco para Baa1 e dá perspectiva positiva

Os motivos da melhoria do rating foram justificados com a melhoria significativa do perfil financeiro do banco, em resultado da conclusão com sucesso de um plano de reestruturação acordado com a Comissão Europeia.
20 Maio 2025, 21h44

A Moody’s Ratings elevou o rating da dívida sénior não garantida do Novobanco para Baa1 sendo que a perspectiva é positiva.  Istp é particularmente relevante numa altura em que o banco se prepara para uma Oferta Pública Inicial (IPO).

A agência diz que “aumentou hoje as notações do Novobanco) e – quando aplicável – dos programas de dívida sénior não garantida e de notas de médio prazo (MTN) das suas entidades apoiadas de Baa2/(P)Baa2 para Baa1/(P)Baa1 e as suas classificações de depósitos de longo prazo de A3 para A2”.

“Ao mesmo tempo, melhorámos a Avaliação de Crédito Base (BCA) e a BCA Ajustada do banco de baa3 para baa2; as classificações do programa MTN júnior sénior não garantido de (P)Baa3 para (P)Baa2; as classificações da dívida subordinada e do programa MTN subordinado para Baa3/(P)Baa3 de Ba1/(P)Ba1; as avaliações de risco de contraparte (CR) de longo e curto prazo para A2(cr)/Prime-1(cr) de A3(cr)/Prime-2(cr) e as classificações de risco de contraparte (CRRs) de longo e curto prazo para A2/Prime-1 de A3/Prime-2”, revela a agência de rating.

A perspectiva sobre as notações de depósitos de longo prazo e dívida sénior não garantida permanece positiva.

“Além disso, aumentámos a classificação de depósitos de curto prazo do banco de Prime-2 para Prime-1 e confirmámos a sua classificação de papel comercial em Prime-2”, acrescenta a Moody’s.

Os motivos da melhoria do rating foram justificados com a melhoria significativa do perfil financeiro do banco, em resultado da conclusão com sucesso de um plano de reestruturação acordado com a Comissão Europeia.

A Moody’s aponta algumas fragilidades que permanecem no Novobanco que quer entrar em bolsa. “Entre 2018 e junho de 2024, o Novobanco reduziu significativamente o seu stock de ativos não produtivos (NPAs; empréstimos não produtivos [NPLs] + ativos imobiliários executados), principalmente através de várias grandes vendas de carteiras. Como resultado, o rácio de NPA e NPL do banco desceu para 4,2% e 3,3% no final de dezembro de 2024, respetivamente, face aos 5,6% e 4,3% do ano anterior”. No entanto, aponta a agência, “apesar da redução significativa nos últimos anos, as métricas de qualidade dos activos do banco são ainda fracas em comparação com as dos seus pares nacionais e europeus. O rácio médio de NPL dos bancos portugueses era de 2,6% no final de dezembro de 2024 e a média da União Europeia era de 2,2% na mesma data (de acordo com a Autoridade Bancária Europeia)”.

“Esperamos que a rendibilidade se mantenha amplamente estável ao longo do período previsto, uma vez que o impacto negativo das taxas de juro mais baixas na receita líquida de juros do banco será compensado pelo crescimento do volume e pelo aumento das comissões, bem como pela estratégia ativa de cobertura das taxas de juro do banco. Os níveis de eficiência do Novobanco também se mantiveram amplamente estáveis, em resultado de custos contidos, equilibrados com um desempenho sustentado dos resultados financeiros. Desta forma, o banco reportou um rácio cost-to-income de 33% para 2024, alinhado com o do período homólogo”, revela.

“A atualização de hoje reflete também a nossa visão de que o capital do Novo Banco continuará a aproximar-se gradualmente do seu objetivo interno de rácio Common Equity Tier 1 (CET1) de médio prazo de 13%-13,5%, após ter reportado um rácio pró-forma de 16,0% no final de março de 2025 e de 20,1% no final de dezembro de 2024”, acrescenta.

A Moody’s destaca que a posição de financiamento e liquidez do Novobanco também melhorou. O banco é financiado principalmente por depósitos, com os depósitos de clientes a representarem cerca de 85% do financiamento total do banco.

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