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Morreu Popeye, o assassino de Pablo Escobar que matou mais de 300 pessoas

Popeye confessou em várias entrevistas ter assassinado mais de 300 pessoas a mando de Pablo Escobar, mas só cumpriu pouco mais de 20 anos de prisão, e não mostrava remorsos pelos 300 homicídios que cometeu e os mais de 3.000 que planeou.
6 Fevereiro 2020, 13h51

Morreu Jhon Jairo Velásquez Vásquez, assassino colombiano a mando do traficante de droga Pablo Escobar, responsável por matar mais de 300 pessoas.

A morte do sicário durante a madrugada desta quinta-feira na cidade colombiana de Bogotá foi provocada por um cancro do esófago, do qual padecia há meses, segundo o jornal argentino La Nacíon.

Conhecido pela sua alcunha de Popeye, confessou em várias entrevistas ter assassinado mais de 300 pessoas e também ter planeado a morte de outras 3.000 pessoas a mando do cartel da cidade de Medellín, Colômbia, liderado por Pablo Escobar.

Apesar de ser um assassino implacável, Popeye só cumpriu 24 anos de prisão no total por diversos crimes: terrorismo, narcotráfico e homicídio.

A sua impunidade tem uma explicação na lei colombiana que impede um homicida de ser condenado duas vezes pelo mesmo crime, isto é, os tribunais colombianos condenam à mesma pena de prisão um homicida que matou uma pessoa ou outro que assassinou centenas como Popeye.

Num documentário da RT datado de 2017 sobre Popeye, o sicário anda sem problemas nas ruas de Medellin, chegando mesmo a ser cumprimentado por vários populares. Ativo nas redes sociais, o seu canal no Youtube chegou a atingir mais de um milhão de subscritores.

O documentário mostra também o assassino Popeye sem qualquer remorso pelos assassinatos que cometeu, incluindo o atentado terrorista a um avião que matou 107 pessoas.

Num frente-a-frente com o filho de uma das vítimas do atentado bombista ao avião da Avianca em 1989, Popeye adota uma postura agressiva com Gonzalo Rojas, sem mostrar remorso pelo ataque, acusando o de querer colocar novamente na prisão, como se pode ver no documentário da RT.

O pai de Gonzalo Rojas foi uma das vítimas mortais deste atentado, com o seu filho a fundar um grupo de apoio aos membros das famílias das vítimas.

Este atentado planeado por Pablo Escobar visava a morte de Cesar Gaviria, então ministro da Administração Interna, mas uma alteração de planos impediu-o de seguir no voo que foi alvo de ataque, tal como pode ser visto na série Narcos da Netflix.

Cesar Gaviria viria a vencer as eleições presidenciais de 1990 e lançar uma cruzada anti-cartéis e anti-Pablo Escobar que viria a culminar com a morte do narcotraficante em 1993 durante uma operação policial em Medellin.

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