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Mortalidade em Portugal em 2020 foi 11% superior à média dos anteriores cinco anos

Em 2020 assistiu-se a um excesso de mortalidade de 12.220 óbitos relativamente à média dos últimos cinco anos. Na primeira semana de 2021, um quinto das mortes foram atribuídas à Covid-19, indica o INE, que registou 3.634 vítimas mortais no total.
  • John Minchillo/AP Photo
22 Janeiro 2021, 12h55

O número de óbitos em Portugal, em 2020, foi 10,6% maior em relação à média dos anteriores cinco anos. De acordo com os dados preliminares avançados, esta sexta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2020 registaram-se, em Portugal 123.409 óbitos, mais 11.118 que em 2019.

O documento indica também que se registou um excesso de mortalidade de 12.220 óbitos relativamente à média dos últimos cinco anos. Dessas, até ao dia 31 de dezembro, 6.906 mortes foram atribuídas à Covid-19, ou seja, 56% do excesso de mortalidade de 2020 em relação à média 2015-2019.

Do total de óbitos de excesso, 61.441 foram de homens e 61.968 de mulheres, mais 5.269 e 5.849 que em 2019 e um excesso de mortalidade, respetivamente, de 5.643 e de 6.578 óbitos, em relação à média de 2015-2019.

O INE indica ainda que na primeira semana de 2021, um quinto das mortes registadas estão associadas à Covid-19. Entre 4 a 10 de janeiro, registaram-se 3.634 óbitos, mais 563 óbitos relativamente à última semana de 2020, altura em que se somaram 3.071 óbitos, e mais 830 que a média de 2015-2019. Do total de óbitos na primeira semana de 2021, 729 foram óbitos relacionados com a pandemia, correspondendo a 20,1% do total.

Os dados preliminares avançam também que, em 2020, mais de 70% dos óbitos (88.634) foram de pessoas com idades iguais ou superiores a 75 anos, dos quais cerca de 60% (53.088) de pessoas com 85 e mais anos.

Geograficamente, cerca de um terço dos óbitos registaram-se na região Norte. A Área Metropolitana de Lisboa e a região Centro concentraram cerca de metade da mortalidade registada em 2020.

O maior acréscimo de óbitos ocorreu fora de um estabelecimento hospitalar (domicílio ou noutro local), mais 16,5% que a média de 2015-2019 e mais 14,4% que em 2019.

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