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Mota-Engil cai quase 8% mas PSI contraria perdas europeias

As principais praças europeias encerraram o dia no ‘vermelho’, mas tal não aconteceu no caso do principal índice da bolsa de Lisboa. Este beneficiou sobretudo da valorização das cotadas do grupo EDP, a contrariar o tombo da Mota-Engil.
4 Setembro 2024, 16h59

As ações da Mota-Engil desvalorizaram 7,80% na sessão desta quarta-feira e ficaram-se pelos 2,812 euros, tendo penalizado a bolsa de Lisboa de forma agressiva. Ainda assim, o índice PSI encerrou as negociações no ‘verde’, ao ganhar 0,49%, até aos 6.739 pontos.

Entre as quedas mais acentuadas, sobressai ainda a Jerónimo Martins, na ordem de 1,36%, até aos 16,72 euros, ao passo que a Corticeira Amorim perdeu 1,00% e ficou-se pelos 8,95 euros.

Por outro lado, em terreno positivo o destaque vai para o grupo EDP, já que a EDP Renováveis subiu 2,64%, para os 14,76 euros por título, ao passo que a EDP deu um salto de 1,68%, até aos 3,864 euros.

O índice agregado Euro Stoxx 50 liderou o sentimento negativo, entre os principais índices, ao cair 1,28%. Entre as principais praças europeias, seguiram-se França e Alemanha, que perderam 0,98% e 0,94%, respetivamente. De seguida, derrapagens de 0,56% em Espanha, 0,54% em Itália e 0,35% no Reino Unido.

No mercado petrolífero, o Brent está a desvalorizar 0,47%, até aos 73,40 dólares por barril, ao mesmo tempo que o crude recua 0,51% e fica-se pelos 69,98 dólares por barril. No mercado cambial, o euro está a avançar 0,33% face ao dólar, pelo que um euro está a ser negociado por 1,1080 dólares.

As bolsas europeias encerraram na sua generalidade em baixa, prolongando o sentimento negativo de setembro, pese embora a leve recuperação que se regista nas congéneres de Wall Street após a revelação de que foram criadas menos vagas de emprego que o esperado nos EUA em julho”, escreve-se na análise do departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking.

“A revelação de que a atividade nos serviços da zona euro teve uma aceleração do ritmo de expansão em agosto menor que a sinalizada acabou por manter os receios de arrefecimento económico trazidos pelos dados de atividade industrial nos EUA e de ritmo global na China”, assinalam os analistas.

“Como reflexo, sectores cíclicos como o de bens de luxo e o tecnológico mostraram-se castigados, o último afetado por notícias de que ASML terá pedido a fornecedores para atrasarem o envio de peças”, destacam, antes de um olhar às commodities.

“Os preços do petróleo continuam a recuar, com o crude a negociar abaixo dos 70 dólares por barril em Nova Iorque, a refletir também um potencial alívio da agitação política na Líbia”, salienta-se.

“Quem conseguiu escapar foi o PSI, animada  pela valorização de 2,9% da EDPR, que puxou também pela EDP. Já a Mota-Engil tombou mais de 8%, pese embora ter revelado a extensão de contratos em Moçambique”, recordam os mesmos analistas.

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