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Mota-Engil com resultados líquidos de 41 milhões em 2022 a subirem 69% (com áudio)

A empresa de construção reporta ainda um aumento do EBITDA em 31% para 541 milhões de euros, “com uma margem saudável de 14%, não obstante o contexto de elevada inflação”.
Mota Engil (10º lugar)
1 Março 2023, 07h19

O resultado líquido do grupo Mota-Engil em 2022 foi de 41 milhões de euros, o que traduz um aumento anual de 69%, “transmitindo perspetivas positivas para a margem líquida em 2023”.

A empresa de construção reporta ainda um aumento do EBITDA em 31% para 541 milhões de euros, “com uma margem saudável de 14%, não obstante o contexto de elevada inflação”.

A Mota-Engil revela uma carteira de encomendas em 2022 de 12,6 mil milhões de euros, 66% acima do ano anterior. No seguimento da adjudicação de projetos relevantes principalmente em Angola, no México e na Colômbia relacionados com infraestruturas ferroviárias. O México é o mercado com a maior carteira (30% do total), seguido por Angola (16%) e pela Nigéria (13%), indo de encontro à visão estratégica de foco nos mercados principais. O grupo lembra as adjudicações de projetos relevantes em 2022 que terão início no curto-prazo, como o corredor de Lobito (Angola), a Linha 4 do metro ligeiro de Guadalajara (México), e a linha 2 do metro ligeiro de Medellín (Colômbia).

Já o volume de negócios totaliza 3.804 milhões de euros, ou seja +47% do que em 2021.

“A presente carteira suporta com visibilidade um fluxo robusto de volume de negócios para 2023 e reflete um rácio confortável de carteira E&C/volume de negócios E&C de 3,8 anos”, revela a empresa.

O grupo está a reduzir a dívida líquida e em 2022 regista 939 milhões de euros, ou seja, menos 186 milhões que em 2021. A dívida bruta, incluindo leasing, factoring e confirming, somou 2,4 mil milhões de euros.

A Mota-Engil destaca a “gestão rigorosa dos custos associados à dívida, não obstante o contexto de subida de taxas de juro, demonstrando a capacidade de estruturar soluções financeiras sustentáveis, quer para os investimentos afetos aos contratos de longo-prazo, quer para os afetos à atividade de Engenharia Industrial”.

O grupo revelou que em 2022 o investimento somou 351 milhões de euros, dos quais, 61% de crescimento e de contratos de longo-prazo.

O FCFO, Free Cash Flow from Operations, fixou-se em 608 milhões, o que traduz uma subida de 194 milhões de euros face a 2021.

Destaque ainda para os capitais próprios que somam 495 milhões, mais 63 milhões face ao ano anterior.

O grupo diz que os números de 2022 rumam ao plano estratégico 2022-2026. Os objetivos de 2026 do plano estratégico consistem numa margem líquida de 3% (em 2022 ficou em 1,1%); um rácio de dívida líquida/EBITDA inferior a 2x, para ser um endividamento sustentável (em 2022 ficou em 1,7x); 18% de margem de EBITDA (14% em 2022); e uma carteira de contratos de Engenharia e Construção (E&C) a representarem 45% do EBITDA (em 2022 está em 57%).

A Mota-Engil quer ter uma presença equilibrada e conseguir um aumento da escala dos mercados. Em 2022 os quatro mercados principais (50%) registam um volume de negócios acima de 200 milhões.

O grupo reporta um aumento do volume de negócios em 47%  num ano, atingindo um recorde de 3,8 mil milhões de euros, “justificado pela forte contribuição da E&C na América Latina e em África e pela execução de diversos projetos a elevado ritmo”.

A Mota-Engil revela “um “crescimento sólido acima das expectativas, com uma performance recorde na América Latina e em África”.

Por áreas, o volume de negócios da Engenharia e Construção (E&C) aumentou 57% para 3.198 milhões, “refletindo a execução de vários projetos em África e de grandes projetos no México onde a produção acelerou no 2º semestre de 2022”.

O EBITDA da área de E&C aumentou 34% para 411 milhões, “com a manutenção da rendibilidade a um nível resiliente”.

Já o volume de negócios do Ambiente atingiu os 556 milhões, o que representa um aumento de 26%, impulsionado pela atividade Internacional (+ 43%), com a atividade de tratamento a representar 57% do total.

 

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