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Mota-Engil em consórcio que tem a concessão dos serviços ferroviários do Corredor do Lobito

A concessão por 30 anos foi atribuída ao consórcio Lobito Atlantic Railway, empresa conjunta constituída pela Trafigura Pte Ltd, líder de mercado na indústria global de commodities, à Mota-Engil Engenharia e Construção África e à Vecturis, uma operadora ferroviária independente.
4 Julho 2023, 18h10

A Administração Municipal do Lobito anunciou hoje o início da transferência da concessão dos serviços ferroviários e de apoio logístico do Corredor do Lobito à Lobito Atlantic Railway (LAR), empresa que vai assumir, por 30 anos, a operação, gestão e manutenção da infra-estrutura ferroviária de transporte de mercadorias para o corredor de cerca de 1.300 km que liga o Porto do Lobito ao Luau, no leste de Angola, junto à fronteira com a República Democrática do Congo.

A concessão por 30 anos foi atribuída ao consórcio Lobito Atlantic Railway, empresa conjunta constituída pela Trafigura Pte Ltd, líder de mercado na indústria global de commodities, à Mota-Engil Engenharia e Construção África e à Vecturis, uma operadora ferroviária independente, avança o comunicado da LAR.

O consórcio reúne assim três empresas especialistas na sua área: “a Trafigura – líder global em gestão de cadeias de fornecimento de mercadorias e uma das maiores fornecedoras independentes de minerais e metais do African Copperbelt com um histórico de 15 anos. A Mota-Engil, empresa multinacional de construção e gestão de infraestruturas, que opera continuamente em Angola desde a sua criação há quase 80 anos. Tem um longo histórico de desenvolvimento bem-sucedido de projectos de infraestrutura em toda a região. E a Vecturis – uma operadora ferroviária especializada com mais de 25 anos de experiência na África subsaariana”.

O Corredor Ferroviário do Lobito estende-se, em Angola, por quase 1.300 km e continua depois por 400 km na República Democrática do Congo até Kolwezi, o coração do Copperbelt, estando igualmente ligado à extensa rede ferroviária administrada pela Sociedade Ferroviária Nacional do Congo (SNCC).

“A concretização de todo o potencial desta ferrovia exige um investimento significativo da parte do consórcio”, refere o comunicado da LAR. O investimento a realizar incluiu a aquisição de 1.555 vagões e 35 locomotivas apenas para o lado angolano do corredor.

“A LAR está igualmente empenhada em investir em formação, sendo que já dispõe de centros de formação profissional no Huambo e no Lobito, assim como no recrutamento de mão de obra local, que já tem em curso”, acrescenta.

No total, o consórcio planeia investir 455 milhões de dólares em Angola e até 100 milhões de dólares na República Democrática do Congo, havendo potencial para a realização de investimentos adicionais no futuro, à medida que for explorada a oportunidade de estender o Corredor na Zâmbia, “para alargar substancialmente os seus benefícios a toda a região”.

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