Mota-Engil tomba e deixa PSI em contraciclo com os ganhos europeus

A bolsa de Lisboa encerrou as negociações em terreno negativo na sessão desta quarta-feira, penalizada pela queda de 2,72% nas ações da Mota-Engil, até aos 3,356 euros.

O índice PSI recuou 0,06%, para 6.674 pontos, a contrariar as subidas que se fizeram sentir nas principais congéneres do continente europeu.

Entre as cotadas do principal índice da bolsa portuguesa, sobressai ainda a queda da EDP Renováveis, na ordem de 0,79%, para 13,85 euros. Seguiram-se a Corticeira Amorim e a Ibersol, já que ambas caíram mais de 0,50%, tendo-se ficado pelos 8,86 e 7,22 euros.

Em simultâneo, os títulos dos CTT avançaram 0,82%, para 4,29 euros.

Os principais índices das praças europeias terminaram o dia no ‘verde’, com Itália na liderança, ao somar 0,70%. Seguiram-se Alemanha e França, que encaixaram 0,53% e 0,52%, respetivamente, ao passo que o índice agregado Euro Stoxx 50 ganhou 0,33% e Espanha subiu 0,29%. Por último, o Reino Unido subiu 0,10%.

Nas commodities, o barril de crude está a recuar 0,42%, até aos 72,86 dólares. No que respeita ao mercado cambial, o euro avança 0,15% face ao dólar, com um euro a ser negociado por 1,1145 dólares.

“A generalidade dos principais índices de ações europeus encerrou em alta, com o PSI a ser a exceção, impactado por correções, ainda que ligeiras, de cotadas como EDP, EDP Renováveis e BCP, que registava 12 sessões consecutivas a acumular ganhos”, recorda-se na análise do departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking.

“A assimilação da revisão dos dados de criação de emprego nos EUA, cujo valor preliminar do Bureau of Labor Statistics revelou que a economia norte-americana criou menos 818 mil postos de trabalho face ao que tem vindo a ser reportado nos últimos 12 meses, ainda chegou a mexer com o sentimento nas bolsas, mas acabou por ser bem digerida, até porque estava dentro do intervalo que as casas de investimento previam”, apontam os anlistas.

“Daqui a pouco, pelas 19h de Lisboa, as Atas da última reunião da Fed podem trazer sinais sobre o início do ciclo de corte de taxas pelo banco central norte-americano, o que pode ditar o desfecho em Wall Street e interferir com o arranque europeu de amanhã”, faz-se notar na mesma análise.