A construtora Mota-Engil viu os seus lucros crescerem 51% em termos homólogos para 77 milhões de euros até setembro, segundo informação comunicada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Entre janeiro e setembro de 2023, a empresa liderada por Carlos Mota dos Santos tinha reportado um lucro líquido de 51 milhões de euros.
O volume de negócios subiu até aos 4.146 milhões de euros, representando um crescimento de 3% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando estes se fixaram nos 4.015 milhões de euros.
A carteira de encomendas foi o que ajudou a impulsionar o lucro líquido da empresa, tendo alcançado os 14,8 mil milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. Trata-se de uma subida de 14% desde janeiro. No comunicado à CMVM, a Mota-Engil aponta que as novas adjudicações de 5,5 mil milhões de euros desde janeiro, nomeadamente de projetos de grande dimensão nos mercados principais, ajudaram a impulsionar este resultado.
De acordo com dados revelados pela construtora, o México aportou um peso de 23%, seguido por Angola com 22% e Nigéria com 15%. Ao todo, estes três mercados representam 78% da carteira de encomendas da Mota-Engil.
Também o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) subiu 11% para os 609 milhões de euros.
No mesmo reporte ao regulador do mercado, a empresa revela que a carteira “não inclui ainda o contrato para o primeiro troço do comboio de alta velocidade em Portugal”, cuja construtora ganhou o trajeto Porto-Oiã, “nem os contratos de Engenharia Industrial na Costa do Marfim, Mali e Etiópia assinados com a Allied Gold”.
Já o negócio de Engenharia e Construção foi influenciado “pela performance da América Latina, enquanto que a Europa foi impactada pela redução da atividade na Polónia”, com o volume de negócios a crescer 4% para 3.675 milhões. Já a Engenharia Industrial apresentou um volume de negócios de 283 milhões, tendo oito projetos em execução nestes nove meses.
A pesar nas contas esteve o Ambiente, que reportou uma quebra de 10% no volume de negócios até aos 405 milhões de euros. No entanto, a Mota-Engil reporta uma “rendibilidade sólida de 21%” neste segmento.
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