A Polícia Judiciária (PJ) revelou que perto de 400 motoristas da plataformas de mobilidade podem ficar sem licenças e cartas de condução devido ao envolvimento num esquema de corrupção levado a cabo por uma escola de condução, desmantelado em maio pela entidade, revela o ‘Jornal de Notícias’ esta sexta-feira, 30 de agosto.
Os motoristas são suspeitos de pagarem valores elevados para obter as respetivas licenças e cartas de condução sem passarem pelas horas de formação obrigatórias e inspeções médicas, estabelecidas pela lei que entrou em vigor a 1 de novembro de 2018.
Na operação de desmantelamento do esquema, a PJ deteve oito pessoas que foram indiciadas pela prática de vários crimes, entre os quais, corrupção e associação criminosa.
O esquema de corrupção terá sido iniciado em 2016, com o fornecimento da renovação de cartas de condução de pesados e transportes coletivos, e era liderado pelo dono de uma escola de condução de Lisboa, com o qual lucrou 250 mil euros. A publicação avança que os condutores não deverão ser julgados em conjunto com os oito detidos, estando previstas suspensões provisórias.
O Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) revelou que, no fim de junho, existiam 4.686 empresas de TVDE e que existiam 13.015 motoristas certificados. Assim, estes motoristas das plataformas eletrónicas representam metade dos taxistas registados.
Estes motoristas são obrigados a 50 horas de formação, sendo que têm de deter carta de condução há mais de três anos. Para tratar dos documentos, o IMT avança que são necessários 730 euros, entre a licença de operador, emissão de licença e certificado de motorista.
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