Mozart, Brahms e Côrte-Real

A Berliner Symphoniker – Orquestra Sinfónica de Berlim – é uma das mais reputadas orquestras alemãs. Constituída em 1967, apresenta-se pela primeira vez, em Portugal, nos dias 23 e 24 de abril, no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, e na Aula Magna da Universidade de Lisboa, respetivamente. Contudo, o ciclo de concertos Europa Sinfónica tem início no dia 13 de abril, na mítica sala de concertos Philharmonie, em Berlim, onde o maestro e compositor português, Nuno Côrte-Real, irá dirigir a Berliner Symphoniker, que virá a Portugal a convite do maestro, para dois concertos integrados na Temporada Darcos 2025.

A célebre Abertura de Don Giovanni, K.527, de Mozart, marca o início ded ambos os concertos. Estreada a 29 de outubro de 1787, no Teatro Nacional de Praga, trata-se de um drama giocoso, uma extraordinária fusão de comédia, melodrama e elementos do sobrenatural. Segue-se a estreia alemã da Sinfonia 2022, de Nuno Côrte-Real, uma obra que aborda a violência e a incerteza do futuro, espelhando a visão “pessoal e espiritual” do compositor sobre a atualidade.

A encerrar os três concertos, teremos a Sinfonia nº1, em Dó menor, op. 68, de Brahms, concluída em finais de 1876, após um longo processo criativo de mais de 20 anos. Uma sinfonia que assenta numa série de quadros sonoros contrastantes, de subtilezas rítmicas e planos sonoros originais.

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