O País viverá nas próximas cinco semanas, uma campanha eleitoral intensa, que na prática já se iniciou esta semana com a formalização das listas dos partidos, vindo agora a apresentação dos projetos dos partidos e cidadãos candidatos, em todos os 22 círculos eleitorais dos 18 distritos, 2 regiões administrativas e os 2 círculos da emigração.

Apesar de se tratar da eleição direta de Deputados e a busca das maiorias diretas ou de coligação para conseguir o número magico de 116 mandatos, trata-se acima de tudo e na prática do legitimar de quem será o próximo Primeiro-Ministro de Portugal. É a democracia direta para o poder central que vai a votos, aquela que mais interage com as vidas dos cidadãos, das famílias, das empresas e instituições.

Gostaria de partilhar com todos, que após o meu desalento e divergências estratégicas, na forma como o Partido Social Democrata tem exercido a oposição, e a forma como escolheu os candidatos representantes – em especial os oriundos da capital de distrito onde sou oriundo – levaram a que tomasse uma posição firme e consentânea com o que penso.

Decidi, assim, com forte sentido de responsabilidade, aceitar o convite de quem acredito para governar Portugal, e integrar como independente, a lista do Partido Chega (cabeça de lista), no Distrito de Viana do Castelo, o Alto Minho, terra onde nasci, sempre residi, constitui família e vejo os meus filhos crescer.

Não mudei. Sou um homem livre. E assim como André Ventura, defendo a social-democracia, e sou admirador de Francisco Sá Carneiro. Imperativos da minha consciência, obrigam-me a mais uma missão, recusando “ser político de bancada”, para continuar a defender os interesses, na procura de resolução dos graves problemas do povo, do meu Portugal.

Acreditar em André Ventura, é acreditar numa mudança necessária em Portugal. O mundo mudou, e a PRAXIS Política portuguesa também. O Chega é um partido que combate os temas fraturantes que minam os nossos valores identitários e históricos, económicos e de criação de riqueza nacional, tais como a ideologia de género, demais retrocessos civilizacionais, a economia paralela e a corrupção instalada.

Portugal precisa de mudar, e não pode haver resistências, nem cordões condicionantes, nem linhas imaginarias vermelhas ou azuis. Tem de se vencer o medo de romper com o status quo, por mais que estas não agradem, nem satisfaçam (‘para pior já basta assim’, diz-se). Muitas vezes, não estamos cientes do poder que, quer a nível individual, quer como um coletivo, possuímos para mudar a realidade.

A História regista muitos destes momentos, fazendo-nos acreditar na força da razão e da ação individual e coletiva. É preciso ter a dose certa de coragem e atrevimento. Citando Luís Vaz de Camões: ‘Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser, muda-se a confiança: todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades’.

Passada uma década de Socialismo em Portugal, recuso-me a aceitar, que a única alternativa ao PS seja o PS! Vamos mudar, em nome de Portugal!

Nota final: Entendo, como aliás tem sido habitual, nestes anos da Tribuna Social, suspender desde já e nas próximas cinco semanas até às eleições em 10 de março, a minha coluna de opinião semanal no Jornal Económico. São já mais de três centenas de semanas ininterruptas a dar a minha opinião aos leitores do maior Jornal de Economia do país, que muito me honra. Obrigado a todos os que me leem semanalmente. Prometo regressar em força!