No Campeonato do Mundo de atletismo Nélson Évora e Patrícia Mamona partem para Londres como as principais esperanças portuguesas. Depois destes Tsanko Arnaudov pode se evidenciar como uma agradável surpresa.
Nélson Évora chega novamente a um grande campeonato com as expectativas bem altas. O português volta a estar numa lista de possíveis ‘medalháveis’. O triplo salto nas últimas temporadas tem tido um nível elevado algo que pode refrear os ânimos dos mais incautos. Mas com Nélson Évora tudo é possível.
Os resultados esta época não tem sido fulgurantes, ainda não passou os 17 metros ao ar livre, uma marca praticamente obrigatória para chegar a um pódio, mas Nélson Évora já nos habituou a elevar a sua performance nos momentos mais decisivos. Este perfil mais discreto na temporada pode ser utilizado como uma vantagem psicológica durante prova. O título mundial e olímpico em 2007 e 2008, e o título europeu em pista coberta em 2017, com certeza são factores a ter em conta e quem sabe se não será o suficiente para colocar o saltador português na rota das medalhas.
Apesar das enormes expectativas em volta de Nélson Évora a verdade é que vai enfrentar em Londres grande oposição. Nesse campo destacam-se Christian Taylor e Will Claye que podem causar de forma imediata uma grande dor de cabeça a quem quer que seja. Será que o saltador português é capaz de quebrar esta barreira?
Quanto a Patrícia Mamona o título europeu e o 6º lugar nos Jogos Olímpicos em 2016, e o 2º lugar nos Europeus de Pista Coberta em 2017 são um bom catalisador e elixir para estes mundiais. O pódio está no horizonte e é uma meta atingível para alguém deste calibre.
Os últimos resultados de Patrícia Mamona fazem-na ganhar cada vez mais espaço no triplo salto e estes Campeonatos do Mundo podem ser mais um momento de afirmação na carreira atlética da portuguesa. Se conseguir repetir a performance olímpica nestes mundiais é bem capaz de colocar muitas saltadoras em sentido. Mas a tarefa é bem difícil. Por isso mesmo tudo aponta para que a saltadora portuguesa necessite saltar ao seu melhor nível. Entre as possíveis opositoras temos: Caterine Ibargüen, Yulimar Rojas e Olga Rypakova.
E por que não destacar Tsanko Arnaudov? No lançamento do peso vai enfrentar forte oposição, onde se evidencia Ryan Crouser e Joe Kovacs, mas pelo progresso que tem tido nas últimas temporadas pode conseguir ‘furar’ este estado de coisas. Pedir um pódio é demasiado para o lançador português nesta altura da carreira. A qualificação para a final é um objectivo bem mais realista e se conseguir atingir esta fase da prova tudo o que consiga é à partida bom.
E aqui temos de referir a importância de Marco Fortes no desbravar do caminho no lançamento do peso um trabalho que teve continuidade com Tsanko Arnaudov que está a conseguir adicionar outra dimensão a esta prova. O 3º lugar nos Campeonatos da Europa de 2016, é uma evidência bem positiva desta continuidade, e também um destaque numa carreira que parece bem prometedora.
Posto isto será que o português vai conseguir nesta edição de 2017 dos Campeonatos do Mundo se projectar para outro nível? Uma possível presença na final pode ser apenas o início do caminho.
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