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Na ‘rentrée’, o Theatro Circo brinda o público com “Paraíso”

A programação da sala bracarense arranca em setembro com a celebração da nova música e expressões artísticas afrodescendentes e lusófonas. Mas não só. Até final do ano, concertos, workshops, teatro, dança, conversas e muito mais vão agitar a cidade.
Soraia Ramos
20 Julho 2024, 17h00

 

O Theatro Circo não promete, faz. E logo na abertura das ‘hostilidades’ estará “Paraíso”, que dá palco à nova música e expressões artísticas afrodescendentes e lusófonas, que este ano se junta às comemorações do centenário do nascimento de Amílcar Cabral.

Nos dias 13 e 14 de setembro, o foco será a apresentação do livro “Tribuna Negra: Origens do movimento negro em Portugal (1911 – 1933)”, pelas 18h00 na Livraria Centésima Página, com a presença dos autores Cristina Roldão, José Pereira e Pedro Varela, e moderação de Marisa Rodrigues (BANTUMEN). Às 21h30, o Theatro Circo recebe o espetáculo de dança AMI.LCAR, inspirado na vida e obra de Amílcar Cabral, criado por Djam Neguin.

No sábado, 14, um mix de propostas. Às 16h00, Conversas do Paraíso: Inovação e tradição na música lusófona, com Berlok, Mynda Guevara e Soraia Ramos, com moderação de Wilds Gomes (BANTUMEN). Segue-se, às 17h00, a apresentação do novo disco Phoenix de Mynda Guevara, e, ao final da tarde, é tempo de descontrair com um dj set do produtor cabo-verdiano Berlok. O serão encerra, pelas 21h30, com o espetáculo de Soraia Ramos, uma das maiores vozes da lusofonia da atualidade, onde apresentará o seu novo disco “Cocktail”.

No fim de semana seguinte, dia 20, Hugo Calhim Cristovão e Joana von Mayer Trindade apresentam um espetáculo de dança que celebra a insubmissão e a revolução, inspirada no 25 de Abril e nas obras de vários autores como Eduardo Lourenço, Fernando Pessoa e Natália Correia: Suores de Mel e a Morte Não Terá Domínio.

No dia 21, a música marca a agenda, com a atuação da Orquestra Sem Fronteiras, dirigida por Martim Sousa Tavares, um espetáculo integrado no Ciclo Contraponto, intitulado Música norte-americana do nosso tempo. Neste mesmo dia, inauguram os Encontros da Imagem e convoca-se o público infantojuvenil para Álbum de família, de Costanza Givone, que gira em torno da diversidade de famílias que existem atualmente.

No dia 28, outra celebração terá lugar no Theatro Circo: 40 anos de Mão Morta, banda mítica de Braga, que apresenta o novo espetáculo Viva la Muerte! Nos dias 3 e 4 de outubro, será a vez de Blackface, do criador Marco Mendonça (03/10) e de Cantar de Galo da mala voadora (04/10).

A reativação do projeto A Luta Continua sobe ao palco do Theatro Circo no dia 11, mas com uma novidade. Se Ana Lua Caiano, Capicua e Eu.Clides são “repetentes” nestas andanças, desta vez, os Clã desafiaram A Garota Não para se juntar à festa. Pelo meio haverá Conversas com Artistas e uma revisitação da Quinta dos Animais, encenado por Tonan Quito, com texto de Inês Fonseca Santos, a partir do texto original de George Orwell, a pensar nos mais novos.

No dia 18 de outubro, uma referência na cena jazzística galega, o trio Sumrrá, junta-se ao cantaor multidisciplinar Niño de Elche para mostrarem o que de melhor se faz na vanguarda musical galega e espanhola. A 19, Espaço Comum, com Teatro e Brincadeira, explora o papel que um teatro ocupa na cidade, enquanto espaço de participação artística, cívica e política, uma iniciativa dirigida a um público dos 7 aos 12 anos.

De 25 a 27 de outubro, teremos a 14ª edição do Festival Semibreve e, pelo meio, a 26, terá lugar o workshop HIDE TO SEEK: dance in your shadow, inserido no programa da Braga 25 – Capital Portuguesa da Cultura.

Novembro marca mais um regresso à cidade de Braga. Desta feita, do guitarrista de jazz norte-americano Bill Frisell, no dia 2, para apresentar o seu novo disco Four, acompanhado dos músicos Gerald Clayton, no piano, e Johnathan Blake na bateria, e com o colaborador de longa data Greg Tardy no saxofone, clarinete e clarinete baixo.

Dias 8 e 9, a peça Quis saber quem sou – um concerto teatral, sobe ao palco do Theatro Circo, com encenação de Pedro Penim do Teatro Nacional D. Maria II, na qual serão revisitadas muitas das canções da revolução de Abril. Associada à peça, o Contexto junta Pedro Penim e a investigadora Magda Rodrigues para abordar a fundo a temática associada a este espetáculo.

Desafiar a normatividade dos corpos em palco é o mote de Corpo Clandestino, um espetáculo de dança para sete intérpretes, do coreógrafo Victor Hugo Pontes. Com início no mesmo dia e até 17 de novembro, o Festival Para Gente Sentada volta a ocupar o Theatro Circo e o espaço gnration. No programa constam nomes como Mount Kimbie e Julia Holter.

Entre os dias 19 e 23, é caso para dizer que O Sr. George não tem nada a ver com isto. Nome divertido para uma sessão de cinema com curtas-metragens oriundas de vários pontos do globo, dirigida ao público infantojuvenil – uma iniciativa pensada pela Confederação – Coletivo de Investigação Teatral. E Kevin Morby está, também, de regresso a Braga no dia 22, desta vez com o Ensemble da Escola Profissional de Música de Espinho.

Antes do fim do ano, o ciclo Contraponto apresenta The Gavin Bryars Ensemble, um dos nomes mais conceituados da música experimental e minimalista da atualidade, que se estreia em Braga acompanhado de músicos da Academia de Música de Espinho e do Conservatório Calouste Gulbenkian de Braga.

Os bilhetes estão disponíveis na bilheteira do Theatro Circo, locais habituais e online.

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