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Na ressaca do arrefecimento económico de 2018, zona euro deverá crescer 1,3% este ano

Fundo Monetário Internacional reviu em baixa as estimativas de crescimento económico na zona euro este ano ano. No “World Economic Outlook”, a instituição liderada por Christine Lagarde antecipa que o PIB alemão cresça apenas 0,8%, mas a menor expansão deverá ser registada em Itália: 0,1%.
9 Abril 2019, 14h03

Apesar de dever recuperar no primeiro semestre deste ano, o abrandamento do crescimento registado na zona euro em 2018 deverá continuar a refletir-se este ano, aponta o Fundo Monetário Internacional (FMI). No “World Economic Outlook” (WEO), publicado esta quarta-feira, a instituição liderada por Christine Lagarde reviu em três décimas o crescimento da economia da zona euro, face às projeções de janeiro.

À semelhança da revisão em baixa para o crescimento económico global, o FMI projeta agora que o PIB na zona euro abrande para 1,3% este ano, o que compara com os 1,5% previstos em janeiro. No entanto, antecipa que a economia europeia recupere ligeiramente no próximo ano e registe uma expansão de 1,5%.

“Embora se espere que o crescimento recupere no primeiro semestre de 2019, os fatores temporários que impediram a atividade de se dissipar, a reversão do enfraquecimento no segundo semestre de 2018 deverá manter a taxa de crescimento de 2019 para baixo”, refere.

O FMI sublinha que após “um notável aumento” em 2017, as exportações das economias da zona euro abrandaram consideravelmente, em parte devido ao fraco comércio intra-área do euro.

“As taxas de crescimento foram reduzidas em muitas economias, nomeadamente na Alemanha (devido ao fraco consumo privado, fraca produção industrial após a introdução de padrões revistos de emissão de veículos e procura externa moderada); Itália (devido à fraca procura interna, uma vez que yields soberanas permanecem elevadas); e França (devido ao impacto negativo dos protestos de rua)”, explica.

 

A instituições de Bretton Woods antecipa um desacelerar da economia alemã este ano para 0,8%, o que compara com os 1,5% registados no ano passado. No entanto, projeta que o ritmo de crescimento recupere no próximo ano e o PIB alemão volte a crescer para 1,4%. Já sobre o crescimento económico em França projeta 1,3% este ano e 1,4% em 2020, enquanto sobre a economia italiana continua os ‘sinais vermelhos’ com uma previsão de 0,1% este ano. No próximo ano deverá crescer 0,9%.

Relativamente à economia britânica, a incerteza paira no ar e o FMI reviu em baixa as estimativas do último relatório, antecipando agora um crescimento económico de 1,2% este ano e 1,4% no próximo ano.

No WEO, o FMI explica que as projeções – cujo cenário base é de um Brexit com acordo – refletem “o efeito negativo da incerteza prolongada sobre o resultado do Brexit, apenas parcialmente compensada pelo impacto positivo do estímulo orçamental anunciado no orçamento de 2019”.

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