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“Não constituem a resposta que se esperaria”. FNE critica medidas anunciadas pelo Governo

Federação Nacional da Educação critica a “indisponibilidade para o diálogo” e a “falta de transparência” do Ministério da Educação, que acusa de teimar em não divulgar dados concretos sobre “a real dimensão” do problema no setor.
23 Novembro 2020, 15h03

“As medidas anunciadas no passado fim de semana, no que diz respeito à Educação, não constituem a resposta que se esperaria do Governo em relação aos problemas concretos que hoje estão identificados nas nossas escolas e servem apenas para libertar o Governo das responsabilidades que deve assumir, fazendo-as transferir exclusivamente para o domínio do comportamento individual e coletivo”, afirma a Federação Nacional da Educação em comunicado, enviado às redações esta segunda-feira,23 de novembro.

O primeiro-ministro, António Costa anunciou este sábado, 21 de novembro, que as aulas estarão suspensas em todo o país nos dias 30 de novembro e 7 de dezembro, vésperas dos feriados de 1 e 8 de dezembro.

Segundo a estrutura liderada por João Dias da Silva “a falta de informação não permite a compreensão de decisões”, que além heterogéneas são “contraditórias, desajustadas, incompletas”.

A FNE critica, por outro lado, a “indisponibilidade” e a “falta de transparência” do Ministério da Educação, “em teimar em não divulgar dados concretos sobre a real dimensão do problema” no setor. “É imprescindível que todos os que estão nas escolas se sintam completamente seguros para poderem trabalhar com qualidade”, salienta.

A FNE reivindica ainda que o Ministério da Educação defina “orientações e procedimentos “claros e homogéneos, de forma a garantir o mais possível a saúde e a segurança de todos, bem como “a efetiva concretização nas melhores condições possíveis dos processos de ensino-aprendizagem no presente ano letivo”. E lembra que  em julho passado apresentou um conjunto de propostas e que se por um lado, “era imperioso que se retomasse a atividade letiva presencial; por outro lado, era incontornável que se deveria garantir o primado das condições de promoção da segurança e da saúde de todos, através de medidas de prevenção e controlo”.

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