Depois dos incidentes registados na manhã de terça-feira na estação do Barreiro – em que duas pessoas tiveram de ser auxiliadas pelo INEM e houve lugar à destruição de algumas portas da estação –, Marina Ferreira e a restante administração da Soflusa apelaram aos passageiros que compreendam a “situação estrutural” por que está a passar a empresa, evitando que “nos próximos dias se verifiquem situações semelhantes na estação do Barreiro”, declara a administradora.
Antecipando que “mesmo com todo o esforço que estamos realizar”, continuem a existir “falhas de oferta”, a Soflusa pede aos passageiros para que, dentro do possível, “organizem as suas deslocações até ao final da próxima semana, antecipando a hora de ponta das 08h00 ou atrasando as viagens para depois das 9h00”.
A razão por que Marina ferreira afirma que “não podemos garantir as carreiras previstas” prende-se com o mínimo de seis navios necessários a suprir as necessidades na hora de ponta da manhã (6h00-9h00). Atualmente com apenas quatro navios em funcionamento, “fruto de circunstâncias que todos conhecem, com a contenção financeira dos últimos anos”, Marina Ferreira lamenta que a reparação e manutenção da frota tenha caído “para níveis preocupantes”, pois “sem manutenção, o serviço degrada-se”.
A empresa está a tentar otimizar os quatro navios e conseguiu, na hora de ponta da manhã de hoje, realizar 17 das 20 carreiras programadas. Inquirida pelo Jornal Económico sobre a possibilidade de articular recursos com a Transtejo, Mariana Ferreira diz que tal está fora de questão, porque a situação da Transtejo é idêntica. A gestora exemplifica com a situação das ligações entre a capital e os cais do Seixal e do Montijo, onde são necessárias duas embarcações em cada trajeto, na hora de ponta, e são estas de que a Transtejo dispõe. “Estamos no limite da frota”.
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