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‘Nariz eletrónico’ para diagnóstico de Parkinson vence programa académico de empreendedorismo

A equipa do ParkinsonAISmeller ganhou o primeiro prémio do programa de empreendedorismo da FCT Nova. O pódio ficou completo com os projetos de penso higiénico inteligente e biossensor dos níveis de ferro.
9 Março 2021, 16h20

Já foram revelados os vencedores do programa de empreendedorismo da Nova School of Science and Technology (FCT) e os projetos de inovação têm tudo que ver com saúde: um nariz eletrónico que identifica Parkinson, um penso higiénico inteligente e um biossensor dos níveis de ferro.

A competição académica – na qual 924 alunos materializaram uma ideia numa solução de mercado – foi ganha pela equipa do ParkinsonAISmeller, que desenvolveu um “nariz eletrónico” que funciona através de Inteligência Artificial para fazer um diagnóstico precoce da doença (através de biomarcadores e com base em estudos que apontam para essa análise através do cheiro). A ideia partiu de Diogo Trinchante (Engenharia Química), Daniel Miranda (Engenharia  Química), Tânia Matos (Engenharia Biomédica), André Rosado (Engenharia Química) e Diogo Mota (Engenharia e Gestão Industrial).

O segundo lugar do pódio foi entregue à ReCOVER, que criou um penso higiénico com sensor de PH, temperatura e humidade que é capaz de identificar os primeiros sinais de infeção, alertando para o momento certo para o mudar. O grupo da ironMEDE venceu o terceiro prémio depois de captar a atenção do júri com um biossensor de rastreio urinário dos níveis de ferro no organismo – útil para detetar potenciais casos de anemia.

A edição de 2021 deste programa teve duas novidades: realizou-se pela primeira vez online e contou com um prémio patrocinado pela tecnológica Glintt. O galardão foi entregue à 47Care, que criou três testes rápidos acessíveis que identificam as três doenças sexualmente transmissíveis mais comuns, com um plano de negócio focado na encomenda online, tendo em conta que existe um estigma associado a estas doenças e a entrega online pode facilitar o acesso aos respetivos testes. O Prémio Glintt é avaliado pela própria empresa multinacional de tecnologia e consultoria da área da saúde.

“Há dez anos, com a criação desta cadeira [Empreendedorismo], percebemos que tínhamos de mudar para garantir o sucesso dos nossos alunos. São as soft skills que promovem a abertura do estudante ao mundo em todas as suas dimensões. E apesar de nunca termos tido a intenção de criar nos estudantes a capacidade de criar o próprio emprego, com este programa já ajudamos vários alunos a criar startups”, referiu Virgílio Cruz Machado, diretor desta faculdade de ciências e tecnologia.

Os alunos dividiram-se em grupos multidisciplinares de cinco e desenvolveram 180 projetos ao longo de um mês, tendo sido acompanhados por 19 professores e recebido mentoria de cerca de 60 individualidades do tecido empresarial e do ecossistema.

O programa contou com o auxílio e mecenato das seguintes empresas: consultora EY; Jerónimo Martins; grupo tecnológico Asseco; Santander; empresa de robótica Introsys; Glintt; inNova; e agência de recrutamento e gestão de talentos Spark Agency.  Já os jurados foram Nuno Flores (CEO da Introsys), Gonçalo Carvalho (CIO do Santander), Andreia Reis (diretor assistente de Talent Team da EY), José Nunes (CTO da Asseco), Hugo Maia (diretor de Inovação da Glintt) e Rui Tomás (diretor de Inovação ao Consumidor de Jerónimo Martins).

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