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Nestlé e Nova SBE voltam a apoiar startups da nutrição e bem-estar. Candidaturas acabam amanhã

Negócios de alimentação, bebidas e projetos de sustentabilidade social e a ambiental podem inscrever-se no “START and CO.”; regressa para a terceira edição. O Jornal Económico falou com os principais rostos por trás deste programa que procura unir os três lados do “triângulo”: academia, empresas e empreendedores.
3 Setembro 2020, 11h30

A Nestlé e a Nova School of Business and Economics (Nova SBE) vão voltar a ser fadas madrinhas dos empreendedores da nutrição, saúde e bem-estar em Portugal. Pelo terceiro ano consecutivo, a multinacional suíça e a faculdade de economia juntaram-se para desenvolver o portefólio de alimentação saudável com as startups e encontrar projetos de sustentabilidade social e ambiental que sejam escaláveis.

O programa de aceleração, chamado “START and CO.”, é composto por duas vertentes: uma de candidaturas abertas – que terminam esta sexta-feira – e uma em que a organização será uma espécie de olheiro do ecossistema e convidará uma série de startups a trabalhar com a empresa.

“Agora mais do que nunca não podemos tirar o pé do acelerador. O que temos vindo a ver ao longo da História é que há negócios que acabam por escalar nas épocas de crise, porque é ainda mais necessário soluções e pessoas a resolver problemas”, afirma Andreia Vaz, diretora de Consumer and Market Intelligence, Estratégia e Inovação da Nestlé, em entrevista ao Jornal Económico (JE).

A responsável de Inovação da Nestlé garante que os valores de investimento nestas iniciativas se mantêm, apesar da crise económica e sanitária e, dependendo do desenrolar do programa, a empresa criará o plano para investir em 2021, suportando os pequenos negócios que também suporta – atualmente, a Nestlé trabalha com nove destes projetos apadrinhados no programa. E a parceria com a faculdade é para manter, dada a mais-valia das credenciais de negócio e o berço de spin-offs que tem sido a Nova SBE.

“Hoje no campus temos empresas, algumas delas maduras, que co-constroem soluções com o apoio deste ecossistema. Acredito que temos uma componente de learn and apply (aprendizagem e aplicação), coisa que nem sempre acontece na academia”, explica ao JE Pedro Brito, associate dean para a Educação Executiva e Transformação de Negócios da Nova SBE.

“O foco da Nova está muito direcionado para startups de negócios que tem origem na própria faculdade e têm um polo de empreendedorismo [Entrepreneurship Hub] e acaba por nos trazer o desenvolvimento académico, a teoria da inovação, que vai evoluindo, e ligar-nos ao talento que vai surgindo nas universidades”, completa Andreia Vaz.

Para a Nestlé, a cultura de inovação na ‘prata da casa’ está cimentada, depois de nos últimos anos ter feito uma aposta vincada no intraempreendedorismo (entre os seus colaboradores), pelo que agora é o ano de olhar para fora dos edifícios de Linda-a-Velha.

“As edições anteriores do «Fora da Casca» tinham um duplo objetivo: por um lado, trabalhar as equipas internas e as suas ideias – e desse programa saíram embaixadores fortíssimos que até hoje nos acompanham – e, por outro, a componente externa. No ano passado tínhamos um briefing muito específico de encontrar negócios complementares ao da Nestlé e ao das startups e foi um sucesso porque temos agora um caso de estudo internacional”, contextualiza Carolina Fernandes, gestora dos programas de inovação da Nova SBE.

O programa decorre até ao próximo dia 18 de dezembro em três fases – candidaturas (etapa atual), seleção e codesenvolvimento – e culmina na escolha dos cinco melhores projetos. Desta lista já fizeram parte o Allo Smiles, Allmicroalgae, Buggle, InnovaWorks, JIT, Petable, Pet Hub, Progrow e o Team8, que ainda hoje continuam a ter a Nestlé como apoio tanto a nível como ibérico como europeu.

Quem quiser inscrever-se no “START and CO” deve fazê-lo até amanhã (4 de setembro) e apresentar um projeto que responda a um dos sete desafios lançados pela Nestlé e pela Nova SBE: novos canais; soluções de fornecimento ágeis; futuro mais saudável; tecnologia para a conveniência; sustentabilidade; retalho e teatro de marca; “wildcards”.

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