O jornal norte-americano “New York Times” revelou esta quarta-feira que processou a OpenAI, criadora do ChatGPT, e a Microsoft, que investiu milhares de milhões de euros no célebre chatbot, por alegada violação de direitos de autor.
A ação judicial foi apresentada no Tribunal Distrital Federal de Manhattan e acusa a dupla de tecnológicas de utilizar milhões de artigos publicados pelo jornal para treinar os algoritmos por detrás do ChatGPT.
O “New York Times” – que não está contra os avanços da Inteligência Artificial generativa e até tem investido na mesma – mostra-se apenas contra a utilização dos textos sem autorização prévia e defende que os réus devem ser responsabilizados por “milhares de milhões de dólares em verdadeiros danos legais” devido à “cópia e utilização ilegal de obras de valor único”.
O grupo de comunicação social, o primeiro dos Estados Unidos a avançar para tribunal contra as empresas por detrás do ChatGPT, considera que estes sistemas informáticos, cada vez mais automatizados, estão a competir com a imprensa como fonte de informação credível para o público.
A acusação está assinada pelas sociedades de advogados Susman Godfrey LLP e Rothwell, Figg, Ernst & Manbeck, que representam o Times, e surge oito meses depois de o jornal ter contactado a Microsoft e a OpenAI e mostrado as suas preocupações de Propriedade Intelectual. Porém, as partes não terão chegado a uma solução “amigável”.
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