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Nível de confiança dos portugueses nas vacinas contra a Covid-19 tem vindo a aumentar

Os dados revelados pela Escola Nacional de Saúde Pública mostram que o nível de confiança nas vacinas contra a Covid-19 têm vindo a aumentar nos últimos três meses e que os portugueses estão a cumprir mais as regras sanitárias recomendadas pelas autoridades de saúde.
9 Fevereiro 2021, 12h22

Três em cada quarto portugueses querem tomar a vacina contra a Covid-19, “assim que ela estiver disponível”, segundo os dados revelados esta terça-feira, 9 de fevereiro, pela Escola Nacional de Saúde Pública. Os dados mostram que o nível de confiança nas vacinas têm vindo a aumentar nos últimos três meses e que os portugueses estão a cumprir mais as regras sanitárias recomendadas pelas autoridades de saúde.

“Desde 14 de novembro, tem havido um ganho muito acentuado na confiança e na intenção de tomar a vacina. Enquanto a 13 de novembro tínhamos 20%, temos neste momento, a 5 de fevereiro, 75% dos portugueses a dizerem que tomam a vacina assim que ela estiver disponível”, revelou a epidemiologia e professora catedrática da Escola Nacional de Saúde Pública, Carla Nunes, na reunião do Infarmed, em Lisboa.

A par com a intenção de tomar a vacina, também a confiança na sua eficácia e segurança melhorou. A 13 de novembro, 55% dos portugueses admitiam estar “pouco ou nada” confiantes em relação à eficácia e segurança da vacina. Agora, quase dois meses depois do início da vacinação, os dados revelam que apenas 12% dos portugueses continua a estar pouco confiante na vacinação.

Os dados apresentados por Carla Nunes revelam ainda que há uma “evolução muito positiva nos últimos três meses, em ambos os indicadores relacionados com a intenção de tomar” a vacina contra a Covid-19 e com a confiança dos portugueses no que toca à sua “segurança e eficácia”. Os piores resultados, embora sejam “residuais”, foram registados em “mulheres, em idade ativa e com maior escolaridade”.

Carla Nunes chamou também à atenção para a melhoria dos comportamentos dos portugueses na hora de cumprir as regras decretadas. “Houve uma recuperação no sentido positivo em todos os indicadores no pós-festas”, salientou. A 11 de dezembro, 35% saíam e casa sem ser para ir trabalhar, enquanto agora, a 5 de fevereiro, apenas 15% dos portugueses o fez. Também o cumprimento do distanciamento e uso de máscara tem vindo a melhorar.

A especialista sublinhou que os homens mais jovens e com menor escolaridade estão maioritariamente associados a comportamentos menos adequados.

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