Portugal teve no terceiro trimestre 459 novos processos de insolvência de empresas, o valor mais baixo em cerca de dois anos. É necessário recuar ao segundo trimestre de 2023 para encontrar um número inferior (454 processos), segundo os dados atualizados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Entre julho e setembro, houve menos quatro casos do que no trimestre anterior e menos 34 (-6,9%) do que no período homólogo.
O maior número de insolvências declaradas neste trimestre teve lugar nas indústrias transformadoras (109), seguindo-se o comércio por grosso e a retalho (79) e a construção (53), todos com uma redução face ao período homólogo.
Se forem contabilizados todos os novos processos ao longo de nove meses até setembro, um total de 1.416 empresas entraram em insolvência, menos 126 casos (-8,2%) do que no mesmo período do ano passado.
Norte não pesava tanto há pelo menos uma década
Contrariando a tendência do país, o Norte — que habitualmente já acumula cerca de metade de todos os novos processos de falência — vê o seu peso aumentar ainda mais, para 55,8%, o valor mais elevado, pelo menos, da última década, segundo cálculos do Jornal Económico com base nos dados do INE.
Nos três meses imediatamente anteriores, este número rondava os 50% e há um ano 49%. Nos últimos 10 anos, o peso do Norte nas falências do país nunca foi inferior a 39% (valor do segundo trimestre de 2016).
Entre julho e setembro, a região teve 256 insolvências declaradas, mais 14 (+5,8%) do que no mesmo trimestre do ano anterior.
Nas restantes regiões, também o Algarve e a Península de Setúbal tiveram aumentos, para um total de 11 e 26 novos registos de insolvência, respetivamente.
Já a Grande Lisboa (com 76 insolvências declaradas no último trimestre), Centro (48), Oeste e Vale do Tejo (23) e Alentejo (10) tiveram todas reduções face ao terceiro trimestre de 2024.
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