Num claro sinal de que quer colocar numa posição diferenciada face à concorrência, a NOS criou um fundo de investimento para estimular a investigação e desenvolvimento na utilização da quinta geração da rede móvel (5G) na economia portuguesa e, assim, preparar um futuro entorno proveniente de novos modelos de negócio criados pela quinta vaga tecnológica, foi esta segunda-feira anunciado. O Fundo NOS 5G deverá iniciar operações ainda antes de 2020.
Inicialmente, o fundo contará com dez milhões de euros para investir em investigação e desenvolvimento (I&D) na área do 5G, sobretudo em empresas e startups em fase inicial de operações. O “objetivo é investir em empresas com soluções tecnológicas baseadas ou potenciadas pela próxima geração de rede móvel, cobrindo áreas tão variadas como a realidade virtual, smart cities [cidades inteligentes], condução autónoma, Internet das Coisas [IoT] e Big Data“, informou a telecom, em comunicado.
Este é o primeiro fundo de investimento criado por uma empresa de telecomunicações portuguesa “dedicado exclusivamente” ao 5G e, simultâneamente, marca a estreia da NOS no chamado corporate venture capital, isto é, no investimento em pequenas empresas em fase inicial de operação através de um fundo de investimento corporativo. Ou seja, a partir deste fundo a NOS poderá assumir uma participação acionista numa startup especializada em em soluções para o 5G.
“As empresas em fase early stage, com operação no nosso país, serão desafiadas a criarem novas ideias e novos projetos que explorem todo o potencial que o 5G encerra, e a, juntos, através de investimento e coinvestimento, colocarmos estas inovações ao serviço das pessoas, das empresas e da sociedade, contribuindo, assim, para elevar o país numa posição de liderança nas áreas emergentes da tecnologia”, afirmou o presidente executivo da NOS, Miguel Almeida, na mesma nota.
O Fundo NOS 5G terá um período de investimento estimado de cinco anos, “permitindo sustentar eficazmente o período de emergência e maturação da tecnologia 5G”, e será gerido por uma gestora de fundos independente com experiência na gestão de investimentos em startups tecnológicas, de acordo com a empresa liderada por Miguel Almeida. O Jornal Económico questionou a operadora sobre a identidade da entidade gestora do fundo, mas fonte oficial da NOS remeteu para mais tarde a revelação da mesma.
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