As empresas e inventores portugueses submeteram 347 pedidos de patentes na Organização Europeia de Patentes (OEP) em 2024, mais 4.8% do que no ano anterior, revela o Patent Index 2024 publicado esta terça-feira, 25 de março.
A NOS Inovação lidera em número de pedidos: 22, o dobro da Altice Labs, com 11. Metade dos requerentes do Top 10 de patentes portugueses são universidades ou centros de investigação, com destaque para a Universidade do Porto com o maior número neste segmento: 10, o que lhe confere o terceiro lugar da geral.
Na lista figuram também: ARK Indústria ( 5), INESC Porto – Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto (5), Tridonic Portugal (5), Universidade de Aveiro (5), Universidade do Minho (5) e Universidade de Lisboa (5).
Em comparação com 2023, a NOS Inovação mantém a liderança, a Universidade do Porto desce um lugar na lista dos principais requerentes, enquanto a Altice Labs entra diretamente para o Top 3.
A inovação relacionada com a área da saúde – tecnologias médicas, produtos farmacêuticos e biotecnologia – regista o maior número de pedidos. Individualmente considerados, a informática é a primeira área, a tecnologia médica, a segunda e os produtos farmacêuticos, terceiros.
Os inventores portugueses registaram mais patentes nos sectores da biotecnologia e dos produtos farmacêuticos, contrariando a tendência global da Organização Europeia de Patentes, que registou um decréscimo nestas áreas.
O Patent Index analisa também o contributo das mulheres para a inovação. De acordo com os dados, em 48% dos pedidos de patentes de Portugal no ano passado é mencionada, pelo menos, uma inventora. Este valor é quase o dobro da média dos 39 países membros da OEP (25%) e coloca Portugal em segundo lugar entre todos estes países, sendo apenas ultrapassado pela Macedónia do Norte.
No conjunto dos países europeus, a proporção de pedidos de patentes com pelo menos uma mulher inventora variou, em média, entre 13% para a engenharia mecânica e 43% para a engenharia química.
Cá dentro, o Norte de Portugal continua a liderar o ranking regional com 179 pedidos junto da OEP, o correspondente a 52% do total. A região cresceu 13,3% em relação ao ano passado. Seguem-se o Centro e Lisboa, com 86 e 69 pedidos de patentes, respetivamente. O Centro do país registou um aumento de quase 18% nos pedidos europeus em 2024, em relação ao ano anterior.
Numa análise mais alargada aos últimos cinco anos, verifica-se um aumento de um terço nos pedidos de entidades nacionais, como se pode ver no gráfico. Com 347 pedidos em 2024, Portugal ocupa a 29.ª posição dos países membros da OEP.
A Organização Europeia de Patentes (OEP) é uma das maiores instituições de serviço público na Europa. Fundada com o objetivo de reforçar a cooperação em matéria de patentes na Europa, tem sede em Munique e escritórios em Berlim, Bruxelas, Haia e Viena. Emprega 6300 pessoas. Através do procedimento centralizado de concessão de patentes, os inventores podem obter proteção de patentes de alta qualidade em até 45 países, abrangendo um mercado de cerca de 700 milhões de pessoas. A OEP é também a autoridade mundial líder na pesquisa e disponibilização de informação de patentes.
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