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NOS lidera consórcio de seis empresas para ‘test bed’ 5G. Investimento supera os 8 milhões

A operadora de telecomunicações está a trabalhar com a Sonae MC, a Wells, o CEiiA, o INESC TEC e a Ericsson. “Lanço um desafio às empresas portuguesas: juntem-se a nós, testem connosco para levar ao mercado 165 novos produtos e serviços e demonstrar o valor desta tecnologia”, disse Manuel Ramalho Eanes.
Edifício-sede da NOS, em Lisboa
13 Julho 2023, 12h23

A NOS está a liderar um consórcio composto por seis empresas para criar uma test bed relacionada com o 5G e a transformação digital. A operadora de telecomunicações liderada por Miguel Almeida encabeça um grupo composto pela Sonae MC, Wells, INESC TEC, CEiiA e Ericsson, que se compromete a investir mais de 8 milhões de euros para testar soluções tecnológicas de quinta geração.

O anúncio foi feito esta quinta-feira aquando da celebração do primeiro ano do Hub 5G da NOS, o novo espaço de demonstração de inovações da empresa. “Com esta test bed vem um desafio às empresas portuguesas: para que se juntem a nós, testem connosco para levar ao mercado 165 novos produtos e serviços para demonstrar o valor que esta tecnologia pode ter na transformação digital do país das empresas”, disse Manuel Ramalho Eanes.

“O 5G é fundamental para a transformação digital do país. Um estudo da Deloitte de 2019 dizia que o impacto na economia portuguesa até 2035 poderia ser em torno de 17 mil milhões de euros e outros estudos dizem que o 5G pode contribuir também para a nossa redução da nossa pegada carbónica na ordem dos 15%, com contributos importantes na indústria, na agricultura em praticamente todos os sectores de atividade”, contextualizou o administrador, na apresentação do projeto.

A iniciativa, inserida na Rede Nacional de Test Beds financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), envolve 50 pessoas e requererá 50 mil horas de trabalho entre sessões online e presenciais quer no Hub 5G quer numa sala que está a ser preparada para o efeito na FEUP, no Porto. A test bed da NOS abrange quatro verticais: indústria, saúde, retalho e smart cities, as principais áreas de operação dos parceiros de consórcio.

“Sabemos que o 5G é muito melhor que o 4G, mas enquanto tecnologia per si é difícil de materializar. O poder transformador de uma tecnologia é medido pelo impacto que ela tem noutras coisas, noutros sectores, produtos serviços. Gosto particularmente deste conceito que é: o futuro é um processo, um verbo e uma coisa que não para”, admitiu o CTO da NOS, Jorge Graça, no evento que se realizou esta manhã no edifício da NOS no Parque das Nações, em Lisboa.

A test bed da NOS implicará partilha de conhecimento em consultoria, prototipagem, tecnologia e conectividade e experiências digitais em ambiente real, nomeadamente na Zona Livre Tecnológica (ZLT) de Matosinhos.

“O 5G não vive só da tecnologia, como é evidente. O 5G tem de ser trazido às famílias e às empresas e para isto se acontecer é necessário criar um ecossistema porque as soluções não existiam há um ou dois anos e é preciso criá-las”, explicou Manuel Ramalho Eanes, dando o mote para o que está por vir com esta rede. O administrador enumerou ainda as façanhas da empresa nesta área: 3.935 estações 5G (48% do total), mais espectro no leilão, cobertura de 90% da população, investimento de 450 milhões, entre os quais 1,8 milhões só no Hub 5G.

Entre as três principais operadoras de telecomunicações em Portugal, a NOS é a segunda a lançar-se numa test bed, depois da Vodafone ter apresentado o plano do consórcio onde está envolvida a par com a consultora francesa Campgemini e a sueca Ericsson.

“Ao falarmos com os grandes nomes do investimento, é consistente a mensagem de que o 5G vem criar valor. É consistente a mensagem de que as coisas estão a acontecer e o facto de chegar no próximo ano a dois biliões de utilizadores 5G, esse número está a crescer 40%, é a prova”, concluiu Duarte Mineiro, da Armilar Venture Partners.

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