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“Nos últimos 10 anos estivemos a pagar os pecados da década anterior”

O setor financeiro tem de se adaptar para contemplar questões sociais e ajudar a combater a exclusão, diz o presidente da associação global de analistas CFA Institute, que tem mais de 170 mil membros da indústria do investimento.
21 Dezembro 2018, 13h45

O desafio é exigente. Mais de quatro anos, 900 horas de estudo e e três níveis de exames. No entanto, dezenas de milhares de gestores de portefólio, analistas, executivos e avaliadores de risco aceitam o repto de tentar ser um Chartered Financial Analyst (CFA). Vindos de áreas de investimento financeiro como equities, dívida e imobiliário, estes profissionais visam integrar um grupo que conta com 170.000 profissionais de finance, espalhados por 163 países, incluindo Portugal. Os objetivos incluem, naturalmente, a aprendizagem e o reconhecimento do setor, mas não só. “A credencial CFA não torna um profissional do investimento automaticamente num profissional brilhante, mas o que oferece é uma fundação para a carreira”, explica Paul Smith, presidente e CEO global do CFA Institute.

Em entrevista ao Jornal Económico na sessão de ‘formatura’ do mais recente grupo de CFA em Portugal, Smith salienta que o aspeto mais importante é que “o grau envia uma mensagem aos clientes, que o profissional não só se deu ao esforço de obter uma formação técnica, mas, tal com acontece com um diploma em medicina, uma formação ética”. O CEO explica que ser CFA é só o início da carreira e que o que interessa mesmo é o que o profissional faz e como age nos restantes 30 anos de trabalho. O discurso de Smith é dominado pelas palavras ‘ética’ e ‘standards’. A história do comportamento do setor financeiro nos últimos 20 anos explica o foco do CFA Institute nestes temas.

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