De acordo como o relato da Forbes, os piratas informáticos responsáveis pela criação e disseminação do vírus NotPetya, que recentemente infetou a Europa, atingindo especialmente a Ucrânia, pretendem receber um resgate de 100 Bitcoins (pouco mais de 225 mil euros) para desbloquear os ficheiros infetados.
A exigência foi feita num posto no Pastebin, por um anónimo: “Enviem-me 100 Bitcoins e recebem a minha chave privada para desencriptar qualquer disco rígido (exceto discos de arranque)”. Os piratas também deram provas da veracidade da sua informação, ao publicar parte da chave de desencriptação, confirmada como verídica por dois analistas contactados pela Forbes.
Segundo os mesmos analistas, os piratas que fazem este pedido de resgate devem ser os responsáveis pelo ataque, mas não conseguem remover na totalidade o malware. Um outro investigador, de nome MalwareTech, que também verificou a legitimidade da chave publicada, achou estranho o facto de os hackers não terem oferecido uma versão da chave que pudesse desencriptar um ficheiro, oferecendo prova cabal da sua autenticidade.
Entretanto, os hackers têm vindo a movimentar Bitcoins. Desde a passada quinta-feira, a “carteira” onde foram depositados os fundos das vítimas que pagaram o resgate dos seus ficheiros (pouco mais de 260 euros cada) tem vindo a ficar vazia. Foram feitas duas pequenas transferências de 0,1 Bitcoin como donativos para os sites Pastebin e DeepPaste, ambos muito utilizados por hackers para dar a conhecer as suas façanhas, e as restantes 3,96 Bitcoins seguiram para uma conta desconhecida.
Ainda que as mais recentes revelações do s hackers ofereçam alguma esperança para recuperar os ficheiros, o preço elevado do resgate pedido deixou os especialistas a perguntar-se se esta não será apenas uma manobra de diversão por parte dos cibercriminosos. Recorde-se que a Ucrânia aponta o dedo à Rússia como responsável pelo ataque informático e que o Kremlin já descartou qualquer responsabilidade na matéria.
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