A Câmara do Porto “impôs o nome de Eduardo Souto de Moura como um dos designados da autarquia para seguir a obra da nova ponte sobre o Douro”, ao mesmo tempo que impediu que os pilares da estrutura assentassem sobre leito do rio, disse ao Jornal Económico (JE) o presidente daquele município, Rui Moreira.
O concurso público para a conceção da nova ponte sobre o rio Douro, que permitirá concretizar a chamada “segunda linha” de metro de Vila Nova de Gaia, foi lançado esta terça-feira, no Porto, com a presença do primeiro-ministro. Serão quatro meses durante os quais vão ser recebidos projetos que, pretende-se, não sejam apenas arquitetónicos, mas que tenham viabilidade de construção – sendo certo que o valor da obra é da ordem dos 50 milhões de euros.
A nova ponte, exclusiva para o metro, peões e ciclistas, tem um júri composto por 11 elementos – entre os quais Souto de Moura – servirá uma nova linha de Vila Nova de Gaia, entre a Casa da Música e Santo Ovídeo. Será construída à quota alta, vindo a ser cerca de um metro mais alta que a Ponte da Arrábida – dando acesso a um túnel que irá até à Casa da Música.
No evento que serviu de apresentação do projeto foram também consignadas as empreitadas das linhas Rosa e prolongamento da linha Amarela do Metro do Porto. Esta última compreende também a extensão entre Santo Ovídeo a Vila D”Este, em Gaia, enquanto a Linha Rosa constitui um novo trajeto no Porto entre a zona de S. Bento/Praça da Liberdade e a Casa da Música.
O Tribunal de Contas (TdC) deu luz verde às empreitadas de construção da Linha Rosa e de prolongamento da Linha Amarela até Vila d” Este, tendo em perspetiva os contratos assinados em novembro entre a Metro do Porto e o consórcio Ferrovial/ACA, no valor global de 288 milhões de euros. Deste valor, 219 milhões destinam-se à Linha Rosa, e 139 milhões ao prolongamento da linha Amarela.
O primeiro-ministro, António Costa, que fez questão de estar presente, disse que os novos projetos de mobilidade se inscrevem, por um lado, “no projeto de redução de emissão de gazes com efeito de estufa de menos 40% até 2030” e, por outro, no plano mais vasto de mobilidade e aposta nas energias sustentáveis do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) patrocinado pela União Europeia.
O primeiro-ministro disse ainda que está empenhado no lançamento de uma nova ligação ferroviária entre o Porto e Lisboa – que não foi inscrita no PRR “dados os seus curtíssimos prazos de execução”.
Atualmente, a rede tem do metro do Porto 67 quilómetros, com seis linhas que servem sete concelhos e 82 estações, movimentando anualmente mais de 71 milhões de clientes (valor de 2019). Segundo as previsões, as novas linhas podem vir a acrescentar 11 milhões por ano de novas viagens.
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