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Nova tecnologia de painéis solares bate recorde de eficiência

Foi desenvolvido um novo tipo de células para utilização em paineis solares que conseguem o dobro da eficiência dos actuais.
American Public Power Association – Unsplash
24 Abril 2020, 09h45

Uma nova tecnologia de painéis solares estabeleceu um novo recorde de eficiência de geração de energia por uma célula solar. Através do empilhamento de seis camadas de material fotovoltaico, a nova célula multijunção (multi-junction) conseguiu obter 50 por cento de eficiência na conversão de luz para electricidade em laboratório e 40 por cento em condições reais.

Uma célula multijunção é uma célula fotovoltaica que usa mais do que uma junção, ou camada, de material fotovoltaico. Devido ao facto da luz solar ser composta por vários comprimentos de onda, tipos de diferentes de receptores conseguem apanhar esses diferentes comprimentos de onda, de forma a aproveitar mais do espectro disponível.

Os painéis solares individuais têm, por exemplo, 8 por cento de eficiência, o que quer dizer que 92 por cento da energia da luz solar é reflectida e apenas 8 por cento é aproveitada para produzir energia. Este número é apenas um exemplo, porque, na realidade, os painéis solares modernos têm uma eficiência de 15 a 18 por cento. A utilização de seis camadas compostas de células solares, consegue multiplicar a eficiência do painel.

O aumento da eficiência dos painéis solares, permite que sejam mais pequenos, mantendo ao mesmo tempo o nível de produção dos painéis maiores. Esta evolução vai permitir painéis solares mais baratos, que podem assumir formas diferentes e alimentar mais dispositivos.

Nesta nova tecnologia solar, são usadas 140 camadas de seis materiais diferentes, e mesmo assim a superfície da célula tem apenas um terço da espessura de um cabelo humano. A equipa de desenvolvimento usou vários materiais semicondutores e organizou-os de forma a maximizar área útil nas 140 camadas. Segundo os responsáveis por esta nova tecnologia, se se conseguir reduzir mais a resistência dentro desta estrutura é possível chegar-se a níveis de eficiência que podem ultrapassar os 50 por cento.

Os semicondutores utilizados são de uma tipo denominado III-V que é uma família de ligas obtidas através da combinação de elementos dos grupos III e V da tabela periódica de elementos.

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