Novo aeroporto será construído sem dinheiro dos contribuintes, garante Miguel Pinto Luz

O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, garantiu esta quarta-feira que o Estado não vai recorrer a dinheiro dos contribuintes para a construção do novo aeroporto de Lisboa.

Durante a audição na comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação, Miguel Pinto Luz mostrou-se crente de que “o novo aeroporto de Lisboa será capaz de ser construído sem ser necessário de recorrer a verbas do Estado” e poupando “os contribuintes a esforços suplementares”.

Questionado por vários deputados sobre a possibilidade do Estado prescindir da partilha de receita da ANA, para ajudar na construção do novo aeroporto em Alcochete, Miguel Pinto Luz referiu que o Estado não o pretende fazer. “As receitas futuras fazem parte dos bolsos dos contribuintes”, garantiu o ministro.

Desde o ano passado que a ANA tem de partilhar receitas com o Estado, tendo, num primeiro pagamento em 2023, liquidado um total de 186 mil euros ao Estado português. Esta partilha de receitas decorre do contrato.

A ANA vai ser a concessionária do novo aeroporto, ficando a seu encargo a construção desta infraestrutura, assim como as obras para aumento de capacidade do aeroporto da Portela.

No final de maio, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, anuncio que as negociações com a Vinci/ANA para a construção do aeroporto Luís de Camões começariam nos dias seguintes.

Em meados do mesmo mês, o Governo tinha aprovado a construção do novo aeroporto da região de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete, seguindo a recomendação da Comissão Técnica Independente (CTI).

O Campo de Tiro da Força Aérea, também conhecido como Campo de Tiro de Alcochete (pela proximidade deste núcleo urbano), fica maioritariamente localizado na freguesia de Samora Correia, no concelho de Benavente (distrito de Santarém), tendo ainda uma pequena parte na freguesia de Canha, já no município do Montijo (distrito de Setúbal).