[weglot_switcher]

Novo Banco: ‘Mobile’ já é o maior ponto de contacto com os clientes

Segundo os dados apresentados por João Dias, chief digital officer do Novo Banco, até junho de 2019, 42% das interações entre os clientes particulares e o Novo Banco foram realizados através do mobile, contra 39% dos pontos de contacto realizados através do ATM, num país tradicionalmente descrito como “ATM junky”.
29 Janeiro 2020, 12h12

Nos primeiros seis meses de 2019 a maioria das interações entre o Novo Banco e os seus clientes particulares realizou-se através dos canais mobile do banco, superando os pontos de contacto realizados através dos ATM pela primeira vez. Segundo os dados apresentados por João Dias, chief digital officer do Novo Banco, até junho de 2019, 42% das interações entre os clientes particulares e o Novo Banco foram realizados através do mobile, contra 39% dos pontos de contacto realizados através do ATM, num país tradicionalmente descrito como “ATM junky”.

As interações dos clientes mobile têm registado um crescimento exponencial nos últimos cinco anos. Em 2015, apenas 7% dos clientes utilizavam o mobile para se relacionarem com o banco, subindo para 13% no ano seguinte, 23% em 2017 e mais de um terço em 2018.

João Dias disse ainda que no ano passado o Novo Banco atingiu “o topo da ativação digital dos clientes”, com 49% dos clientes digitalmente, o que compara com 39% e 38% em 2018 e 2017, respectivamente.

Novo serviço de open banking

O chief digital officer do Novo Banco falava no âmbito das conferências “Industry Talks” que integram o evento de transformação digital “Building the Future”, promovido pela Microsoft e que decorre hoje no Pavilhão Carlos Lopes, no Parque Eduardo VII, em Lisboa. João Dias aproveitou a ocasião para anunciar em primeira mão o lançamento o “digital financial advisor for your business”, um novo serviço ancorado no open banking e que espelha o desafio de o banco liderado por António Ramalho tem em “encontrar novos modelos de negócio e aceder a novas fontes de receita”.

Com este novo serviço, que estará disponibilizado na plataforma digital do Novo Banco, os clientes poderão fazer uma “agregação de contas profunda, pondo-a numa single view para o cliente ver [todas as contas que tem] de uma só vez”, um calendário financeiro sobre as transações financeiras passadas mas também prevendo as futuras, “a classificação automática das despesas e receitas” e ainda um serviço de iniciação de pagamentos.

“A transformação digital está no centro da estratégia do Novo Banco”, frisou João Dias.

“O mundo está em mudança profunda. O novo normal é a disrupção permanente, com desafios económicos devido às taxas de juro negativas que pressionam os bancos, novos hábitos de consumo, novos agentes a entrar na indústria financeira, nova tecnologia e uma agenda regulatória muito intensa que coloca desafios aos bancos”, referiu o digital officer do Novo Banco.

A transformação digital do Novo Banco também é uma transformação do modus operandi. João Dias lidera uma equipa de cerca de 200 colaboradores, espalhados em 14 equipas “agile”. Foram entrevistados mais de 500 clientes do Novo Banco para ajudarem na transformação digital, assim como foram contratadas pessoas com competências em “customer centric design”.

“O conselho de administração executivo está presente de forma muito intensa na transformação digital do Novo Banco”, concluiu João Dias.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.