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Novo Banco vai ter de pedir mais dinheiro ao Fundo de Resolução devido à Covid-19

O presidente do banco justifica a necessidade de mais capital face ao que estava previsto no início deste ano devido à pandemia da Covid-19. Apesar de ser relativa a este ano, a injeção de capital só será realizada em 2021.
  • Cristina Bernardo
13 Junho 2020, 21h42

O Novo Banco vai ter de pedir mais dinheiro ao Fundo de Resolução, face ao que estava previsto no início deste ano, devido à pandemia da Covid-19. A injeção de capital só terá lugar em 2021, apesar de ser relativa a este ano.

Em entrevista ao Jornal de Negócios/Antena 1, o presidente do Novo Banco disse que vai ser preciso mais capital este ano. “Do que era a previsão no início do ano, antes do Covid, sim”, disse António Ramalho na entrevista divulgada este sábado quando questionado sobre se iria ser preciso pedir mais dinheiro.

O gestor não quis avançar com qualquer número neste momento sobre qual o valor de capital necessário. “Tenho sido sempre cauteloso não antecipar qualquer numero. Acontece basicamente que houve uma deterioração da situação económica e é previsível que, no nível de cenário que temos hoje, nos vá levar a necessidades de capital ligeiramente suplementares em relação às que existiam”, afirmou.

Já no domingo, o Novo Banco emitiu um comunicado a esclarecer que “qualquer eventual nova chamada de capital referente a necessidades de 2020, de acordo com o atual modelo, será feita em 2021, após aprovação das contas auditadas, após parecer da Comissão de Acompanhamento e verificadas com agente independente”.

Na entrevista à Antena 1/Jornal de Negócios, o presidente do Novo Banco sublinhou que o banco tem uma “proteção de capital aos 12%, uma proteção de capital contratualizada,  temos de esperar ate ao fim do ano para saber esse valor”.

“O nosso objetivo fundamental é deixar o banco totalmente limpo no final de 2020. Gostaria de utilizar o menos capital necessário desde que tenha a certeza que o banco ficou nas melhores condições”, garantiu o presidente do Novo Banco na entrevista.

O Novo Banco ainda tem disponíveis 912 milhões de euros no Mecanismo de Capital Contingente para a recapitalização da instituição.

Na entrevista ao Jornal de Negócios/Antena 1, o gestor afirmou que quer limpar o balanço do banco este ano e regressar aos lucros já no próximo ano

Questionado sobre a contribuição adicional de solidariedade da banca para a Segurança Social, prevista no Orçamento suplementar, António Ramalho disse que esta taxa representa um “desgaste desnecessário” para o banco e o setor.

Segundo os dados avançados na entrevista, o Novo Banco já concedeu seis mil milhões de euros em moratórias. Nas linhas de crédito com garantia do Estado para apoio às empresas, o banco já tem mais de 1,2 mil milhões de euros aprovados.

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