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Novo movimento critica construções das torres de Picoas e da Portugália e projetos para Praça de Espanha e Entrecampos

Movimento critica a construção da Torre de Picoas, o projeto desenhado para o quarteirão da Portugália na Avenida Almirante Reis, a construção de “edifícios imponentes” na Praça de Espanha e o licenciamento do projeto para Entrecampos.
Plano para Portugália Plaza
30 Julho 2019, 10h25

Existe um novo movimento contra as construções na capital portuguesa. “Lisboa Precisa” foi criado por Carlos Marques, antigo vice-presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, e Fernando Nunes da Silva, antigo vereador da Mobilidade da Câmara de Lisboa.

Com a construção de diversos projetos imobiliários, o movimento diz que a capital portuguesa corre o risco “de matar a galinha de ovos de ouro do turismo”

Em entrevista à agência Lusa, Carlos Marques afirmou que a criação do movimento se prendeu pois “há muita coisa errada na cidade de Lisboa e o caminho que está a seguir a cidade de Lisboa”, sendo que este caminho pode levar à descaracterização da capital.

Para já, o único objetivo é alertar os cidadãos para o que a cidade precisa. “Hoje, Lisboa está a ser comandada pelos grandes interesses económicos globais”, que estão a investir milhões de euros na cidade “para construir torres, transformar a cidade numa cidade descaracterizada que não seja a cidade antiga e, com isso, corre-se o risco de matar a galinha de ovos de ouro do turismo”, assumiu.

O ‘Lisboa Precisa’ deverá organizar debates temáticos sobre os mais variados temas, que deverão englobar o ambiente, aeroporto, urbanismo, transportes e mobilidade, após as eleições legislativas. Além de Carlos Marques e de Fernando Nunes da Silva, Pedro Soares e Jorge Falcato do Bloco de Esquerda, o politólogo André Freire, Otelo Saraiva de Carvalho, geógrafo Jorge Malheiros. e a historiadora Raquel Varela são outros subscritores deste movimento.

O movimento critica vários projetos, como a construção da Torre de Picoas, o projeto desenhado para o quarteirão da Portugália na Avenida Almirante Reis, a construção de “edifícios imponentes” na Praça de Espanha e o licenciamento do projeto para Entrecampos.

Além destes, “somos contra a expulsão violenta dos lisboetas das suas casas, para colocar Lisboa no topo do alojamento local, tornando Lisboa uma cidade cada vez mais para ricos e turistas”, avança o grupo na sua página do Facebook. “Somos contra o perdão de dois milhões de euros de IMT e IMI a um fundo especulativo, só por recuperar um edifício na Avenida da Liberdade”.

“Somos contra a existência de uma empresa de carácter privado, mas com capital 100% da Câmara Municipal de Lisboa, que actua como uma Câmara dentro da Câmara, mas com plenos poderes urbanísticos sem controlo do plenário da Câmara Municipal e do órgão soberano do controle do município, a Assembleia Municipal de Lisboa”, acrescentam.

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