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Novo Nordisk vai fazer cinco novos ensaios em Portugal

Grupo dinamarquês vai continuar a apostar em Portugal. No ano passado já tinha duplicado os investimentos diretos em ensaios clínicos a nível nacional, passando de sete para 15.
6 Janeiro 2017, 00h10

A Novo Nordisk, farmacêutica  líder a nível mundial na área da diabetes, vai realizar mais ensaios clínicos em Portugal já depois de ter duplicado no ano passado.

“Em 2015 a Novo Nordisk duplicou os investimentos diretos em ensaios clínicos em Portugal, passando de sete para 15 locais de ensaios clínicos”, adiantou Mads Larsen, diretor geral da Novo Nordisk em Portugal, em entrevista ao Jornal Económico.

Para este ano “continuará o investimento em ensaios clínicos em Portugal”  e “esperamos ter quatro a cinco ensaios clínicos, revelou Mads Larsen.

A empresa está em Portugal há 30 anos e mantém uma estrutura nacional, contrariando a tendência de ‘iberização’ nas  farmacêuticas, com Espanha a servir de epicentro da gestão.

“Decidimos manter uma estrutura nacional, mas temos uma estreita colaboração com a Espanha, a fim de oferecer soluções adaptadas ao mercado português. Tem funcionado bem até agora e nenhuma mudança é necessária quando algo está a funcionar bem”, esclareceu o responsável da farmacêutica.

Atualmente têm 40 pessoas a trabalhar em Portugal e “desde que as condições continuem a melhorar e novas inovações sejam disponibilizadas em breve aos doentes, é nossa intenção crescer”, afirmou Mads Larsen.

Questionado sobre quais os próximos produtos a serem lançados, o responsável pela farmacêutica afirmou que “apesar dos desafios na introdução de novos produtos na velocidade que gostaríamos, temos a certeza de que encontraremos uma boa solução para equilibrar a situação económica em Portugal e as necessidades dos doentes. Os principais lançamentos serão certamente nos medicamentos biológicos como a insulina de nova geração, insulina moderna e análogos de GLP-1 que trazem uma melhor qualidade de vida aos doentes que dela necessitam. Também estamos a investir em novas áreas, como a hemofilia, distúrbios do crescimento e obesidade”.

Sobre a possibilidade de vir a existir insulina em comprimidos Larsen não acredita que isso aconteça na próxima década. “A longo prazo, pode ser possível oferecer insulina num comprimido, no entanto, é muito complicado e muito caro hoje e não será uma solução nos próximos 10 anos. Mas quem sabe. Estamos a aplicar esforços para melhorar os nossos tratamentos para que as pessoas que vivem com diabetes tenham outra opção de tratamento”.

Já para o futuro mais próximo “o nosso foco é mais sobre o desenvolvimento de tratamentos de diabetes com melhores resultados cardiovasculares para os doentes. As complicações cardiovasculares são a principal causa de morte em pessoas com diabetes. Estamos em estadios avançados de teste de uma hormona GLP 1 em comprimidos diários, o que pode evitar injeções diárias das pessoas”, adiantou.

O investimento em inovação e desenvolvimento (I&D) vai continuar a crescer até porque “os produtos de insulina são a categoria de produtos farmacêuticos com mais rápido crescimento, depois dos medicamentos oncológicos, e precisamos de inovar e adaptar novas soluções a novos desafios para garantir que os doentes tenham acesso aos melhores tratamentos”. Em 2015, a Novo Nordisk reinvestiu 12,6% das vendas em I&D.

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