Novo presidente da TAP vai ganhar menos que Antonoaldo Neves
O novo presidente executivo da TAP vai ganhar menos que o seu antecessor no cargo, Antonoaldo Neves, que saiu no final de 2020.
O Governo disse hoje que o novo líder da companhia aérea só vai entrar quando a Comissão Europeia der ‘luz verde’ ao plano de reestruturação da TAP, o que deverá acontecer em abril ou maio, como previu recentemente o ‘chairman’ da empresa, Miguel Frasquilho.
Sobre o seu salário, “a remuneração será mais baixa do que a do CEO Antonoaldo Neves”, disse o ministro das Infraestruturas esta quarta-feira, 24 de março, no Parlamento.
“Estamos a finalizar a contratação do CEO. Terá uma equipa; não tem de ser uma equipa de estrangeiros”, destacou Pedro Nuno Santos.
O anterior líder da TAP ganhava 45 mil euros brutos por mês, mais 14 mil para despesas – como habitação e a educação dos seus filhos -, num total de 59 mil euros brutos por mês. Por sua vez, o presidente interino da TAP, Ramiro Sequeira, aufere atualmente 35 mil euros brutos mensais.
Jaan Albrecht Binderberger, ex-presidente da Saudi Arabian Airlines, foi o nome escolhido pelo Governo para assumir a liderança da TAP. O nome foi revelado em primeira mão pelo Jornal Económico a 8 de janeiro.
O gestor alemão, 66 anos, conta com uma carreira de mais de 40 anos na indústria da aviação, e estava entre os nomes da ‘shortlist’ criada pela consultora Korn Ferry, contratada para selecionar quais os melhores candidatos para o cargo.
O nome ainda não foi anunciado oficialmente. O Governo está à espera que Bruxelas dê luz verde ao plano de reestruturação da empresa para anunciar formalmente o novo gestor, como sinalizou hoje o ministro.
Sobre a saída de David Neeleman, Pedro Nuno Santos defendeu que não fazia sentido continuar mais tempo porque “achávamos que quem não ia estar no futuro da empresa não devia estar a fazer o plano de reestruturação”.
Sobre a liderança do presidente interino, Ramiro Sequeira, o ministro disse que “temos uma administração qualificada, a trabalhar. Está a fazer um excelente trabalho”.
“Não fazia sentido fazer uma mudança de administração a meio do processo”, antes do plano de reestruturação ser aprovado, defendeu Pedro Nuno Santos na comissão parlamentar de economia.
