Na muito longa apresentação a analistas, a administração do Novobanco revelou que vai distribuir aos acionistas 3,3 mil milhões nos próximos três anos. A que acrescem os 224,6 milhões de euros relativos ao resultado do segundo semestre de 2024 que o banco vai levar à Assembleia Geral a realizar no dia 21 de março deste ano, refletindo um pay-out de 60% do resultado do segundo semestre.
Os 3,3 mil milhões previstos estão dependentes da execução com sucesso do “medium term plan” que foi anunciado na conference call e resultam da soma do dividendos especial de 1,1 mil milhões de euros que irá distribuir assim que tenha autorização do Banco Central Europeu para a redução de capital prevista, o que deverá acontecer “nas próximas semanas ou meses”; e dos 2,2 mil milhões de euros que tem no guidance para dividendos e share buybacks (distribuição de excesso e capital) nos próximos três anos. Esta estimativa baseia-se na manutenção de um rácio de capital CET1 (na versão fully loaded) de entre 13% a 13,5%.
A rentabilidade dos capitais próprios tangíveis (RoTE) é previsto ser superior a 20% no médio prazo a partir já desde ano.
O banco tem uma meta de um payout entre 40% a 60%.
As metas para 2025 e para o médio prazo passa por um crescimento médio anual de 3% na carteira de crédito. As receitas core (produto bancário comercial) é de cerca de 1,4 mil milhões para este ano e acima de 1,5 mil milhões a médio prazo. O rácio de eficiência no plano a médio prazo é de cerca de 32% e este ano o banco espera descer para 35%.
O custo do risco de crédito, que mede a entrada de créditos na classificação de em risco, deverá, no plano do banco ser de cerca de 20 a 30 pontos base (este ano e no médio prazo).
Mark Bourke, CEO do Novobanco, foi ainda questionado pelo impacto da queda do Governo nas decisões sobre o IPO (Oferta Pública Inicial) ou outros cenários. Na resposta o banqueiro não se mostrou preocupado com o impacto da eventual mudança de Governo, porque considera que o futuro da participação do Estado enquanto acionista, que é de 11,46% a que acresce 13,54% do Fundo de Resolução, não é uma decisão política.
Durante a apresentação aos analistas, a administração analisou o mercado bancário português que considerou razoavelmente concentrado mas não excessivamente concentrado.
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