A digitalização está a ganhar maturidade no setor agroalimentar, resultando no desenvolvimento de soluções inovadoras com impacto em toda a cadeia de valor.

Com efeito, as empresas líderes estão já a passar da fase de sensorização para uma fase de desenvolvimento de algoritmos avançados baseados em “inteligência artificial” para vários fins: aumentar a produtividade agrícola, estimar datas de colheita, identificar variedades a utilizar num terreno, ou mesmo para aumentar a resiliência a alterações climáticas. A EY tem vindo a desenvolver trabalhos pioneiros neste domínio, a nível mundial, com resultados muito positivos: tanto aumentos de produtividade (3% a 5%) como redução de custos de produção (menos 5% a 8%).

Outras alterações relevantes têm origem nos consumidores. A alimentação é hoje uma área de moda, com procura grande (mas volátil) de alimentos anteriormente “exóticos”. Será a procura hoje existente na batata-doce e abacate (por exemplo) duradoura que justifique investimentos dos produtores? É crítico conseguir antecipar tendências de consumo através da adoção de modelos de negócio “direct to customer”, seja pela venda direta ao consumidor via e-commerce, seja pelo desenvolvimento de canais de comunicação diretos.

Os consumidores estão também a valorizar mais a transparência e certificação. Segundo um estudo da EY em Itália, 71% dos clientes pagaria mais 40% por produtos com certificação de origem e de autenticidade.

Atenta a estes desenvolvimentos, a EY desenvolveu a solução TrackEY, uma solução inovadora que combina rastreabilidade, certificação anti-fraude, “storytelling” e informação analítica. É uma solução que não só certifica a origem dos produtos (“Blockchain Certified”), como ainda disponibiliza a “história individual” de um produto através do simples scan de um QR Code 3D não-replicável. No caso de uma garrafa de vinho, o consumidor pode aceder a todos os dados da produção daquela garrafa específica – qual o terreno das uvas, que tratamentos, qual a data de colheita, qual o processo de vinificação, e às outras informações de valor acrescentado que o produtor disponibilize.

Por seu turno, o produtor passa a ter acesso a informação relevante acerca dos clientes e localização dos produtos, melhorando assim as suas atividades de marketing, distribuição, planeamento, produção. Em suma, tornando-se mais eficiente e mais “distintivo” no mercado.