O número de armas de fogo entregues voluntariamente às autoridades policiais ascendeu, no ano passado, a 18.677, mais do triplo do que foi registado em 2015. A diminuição do número de caçadores e os custos de atualização de livretes antigos e renovação das licenças de detenção de armas nos domicílios são algumas das causas apontadas para justificar este aumento.
Segundo avança o “Jornal de Notícias”, em média foram entregues por dia 51 armas de fogo. Mais de 15 mil das armas devolvidas foram caçadeiras, tendo-se registado também um aumento do número de entregas de pistolas, revólveres e até metralhadoras.
O superintendente Pedro Moura, diretor do Departamento de Armas e Explosivos da Polícia de Segurança Pública (PSP) indica que a diminuição do número de caçadores e atiradores desportivos foi uma das principais razões que contribuíram para este boom.
“Ter uma arma em casa sem lhe dar o uso a que ela se destina implica ter um seguro, cofres, uma licença de detenção no domicílio, custos muito acrescidos, que as pessoas não querem suportar e acabam por entregá-las. Já para não falar do risco de acidente e de furto, que trazem uma série de responsabilidades”, afirma.
A esmagadora maioria do armamento devolvido é entregue para destruição, por não ter “valor comercial, histórico ou operacional”. Nos últimos quatro anos, foram destruídas 25.411 armas de fogo.
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